Reabilitação Auditiva

O que é a reabilitação auditiva?

A reabilitação auditiva consiste em restabelecer o limiar auditivo, para que as pessoas tenham acesso aos sons à sua volta e, assim, possibilitar a comunicação. Bennion no seu livro ‘Antique Medical Instruments’ mostra a cadeira que D. João VI usava para melhor ouvir os seus interlocutores. Uma coisa estes não apreciavam: ter que se ajoelhar para falar diretamente para as bocas dos leões implantadas na parte frontal dos braços da mesma cadeira. Estamos em pleno século XIX, e já nesse século este tipo de ajuda estava presente. Beethoven foi outro grande nome frequentemente associado a surdez.

É, pois, antiga, a luta dos homens contra a surdez que pode tornar um génio como o anteriormente citado compositor, numa pessoa triste, taciturna e pouco social.

Tentativas cirúrgicas de reabilitação auditiva começaram há séculos com cirurgiões americanos e franceses a tentar melhorar a surdez das pessoas por métodos cirúrgicos. Habitualmente o resultado era o desastre com perda ainda maior da audição após a cirurgia.

Somente a partir dos anos cinquenta começaram os surdos a ficar felizes com os resultados das várias técnicas cirúrgicas postas à sua disposição.

Um surdo é operado e tem um bom resultado auditivo. Isto é para sempre? Infelizmente a resposta é não, pois a surdez tem um relacionamento mais ou menos direto com um fenómeno a que ninguém escapa: idade sempre a aumentar até à morte e é inquestionável que muitas pessoas perdem esse órgão dos sentidos unicamente pela circunstância de continuarem a viver, operados ou não. Por isso houve necessidade de melhorar a cadeira acústica de D. João VI para outro tipo de aparelho de mais fácil utilização.

Aparelhos de audição

Atualmente, um surdo que não é suscetível de ser recuperado cirurgicamente, tem uma alternativa possível que são as próteses auditivas clássicas. Os implantes ósteo-integrados, implantes de ouvido médio e implantes cocleares são outras soluções de reabilitação auditiva que são de cariz cirúrgico.

Basicamente, todos eles, por vias diferentes, aumentam a intensidade da onda sonora que atinge o cérebro. Todos estes aparelhos são pequenas joias (daí o elevado preço que as caracteriza), todos diferentes e com indicações de aplicação também diferentes.

De longe a prótese auditiva é o método mais frequentemente utilizado, dado ser o único de aplicação direta sem necessitar de um cirurgião para o colocar. É a evolução natural da cadeira de D. João VI. Existem muitas marcas, muitos modelos, mas a mensagem para os doentes é única: nunca pagar a prótese antes de a experimentar por um período aceitável em vários cenários da vida de cada um.

Os implantes ósteo-integrados funcionam através da vibração que causam no osso temporal. Por vezes complementam as clássicas próteses auditivas, pois há doentes em que estas não são aconselhadas, como, por exemplo, o doente que tem infeção crónica do ouvido que não respondeu ao tratamento médico ou cirúrgico. Indicação importante para este tipo de método é a criança com anomalia congénita auricular que no passado era submetida a uma maratona de intervenções cirúrgicas que na maior parte dos casos terminava em total ou parcial insucesso.

O implante ósteo-integrado é de fácil colocação cirúrgica que no adulto se faz com anestesia local.

Mais elaborada é a técnica de implante de ouvido médio. Também se baseia na vibração óssea que aumenta e facilita a chegada de sensação auditiva ao cérebro.

Por último a joia da coroa em ajuda ao surdo: o implante coclear, método que há décadas tem alterado a vida de milhares de crianças ao longo dos anos, mas evidentemente também de adultos, grupo etário onde, aliás esta cirurgia foi iniciada.

Todos estes métodos de reabilitação auditiva são oferecidos na Clínica ORL Dr. Eurico Almeida.

Questões Frequentes

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