Os implantes cocleares são dispositivos eletrónicos que substituem a função do ouvido interno (cóclea) danificado ou disfuncional, proporcionando uma forma de audição para pessoas com perda auditiva profunda. Ao contrário dos aparelhos auditivos, que amplificam sons, os implantes cocleares ”bypassam” (contornam) as partes danificadas da cóclea e estimulam diretamente o nervo auditivo com sinais elétricos. A audição passa de acústica a elétrica.
Alguns doentes surdos profundos, ou sem qualquer audição, que não podem colher benefício algum utilizando prótese auditivas convencionais, podem necessitar da colocação de implantes cocleares.
A maior parte dos implantes cocleares são aplicados em pessoas adultas, ainda que a aplicação na criança seja de uma importância elevada.
O implante coclear é um instrumento que se começou a usar na segunda metade do século passado e que tem vindo, progressivamente, não só a melhorar a sua qualidade técnica, como também a frequência da sua instalação.
Inquestionavelmente que os resultados da sua utilização são de enorme importância, nomeadamente para a criança que nasce com surdez profunda que, se operada em tempo correto, acaba por adquirir uma fala extraordinária e seguir, na maior parte dos casos, a carreira da sua predileção.
Existem variados tipos de implantes cocleares para variados tipos de perda auditiva.
Ao contrário das próteses auditivas convencionais, o implante coclear exige uma intervenção cirúrgica de extrema minúcia.
A base fundamental do funcionamento de um implante coclear é a capacidade que ele tem em contornar a parte do ouvido que foi perdida, as células sensoriais da cóclea.
Um microfone de som externo capta os sons ambientais e o processador de som converte-os em informação digital que é transferida para o implante que é cirurgicamente colocado debaixo da pele. Daqui os impulsos atingem a cóclea através do eléctrodo colocado cirurgicamente em local apropriado e, da cóclea, o nervo auditivo faz chegar a informação ao cérebro, que vai restituir o contacto da pessoa com o seu meio ambiente, condição fundamental para a vida comum.
Sendo um instrumento extremamente importante, ele poderia ser aplicado muitas mais vezes, ajudando desta forma um elevadíssimo número de pessoas a recuperar a audição. No entanto, existe um óbice de enorme importância, o seu custo elevado.
A aplicação do implante coclear é feita sob anestesia geral.
O pós-operatório de uma cirurgia de implante coclear é em tudo semelhante ao pós-operatório de uma timpanoplastia. É um pós-operatório excelentemente tolerado pelos pacientes que, para além do incómodo de uma ligadura à volta da cabeça, de nada se queixam, pois a cirurgia não causa dor.
Ao fim de uma semana, a ligadura à volta da cabeça é removida, assim como as suturas, e é colocado um pequeno penso que não causa incómodo algum ao paciente.
Há uma cicatriz na região retro auricular que eventualmente fica coberta com cabelo e deixa de se notar.
Os resultados cirúrgicos de implante coclear obtidos na Clínica ORL têm deixado os nossos pacientes plenamente satisfeitos. A Clínica ORL dispõe de vários cirurgiões com experiência em implantes cocleares. Dispõe adicionalmente de apoio audiológico especializado no treino pós cirúrgico.
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A maior parte dos doentes fica feliz com o resultado auditivo obtido com o implante coclear, talvez mais do que a maioria dos doentes que é operada com a finalidade de melhorar a audição.
Após a cirurgia, há necessidade de trabalhar durante um certo período de tempo com o audiologista. Este acompanhamento serve para aprendizagem do novo tipo de audição, que passou de uma audição acústica para uma audição elétrica.
Os implantes cocleares são produtos extremamente caros, aproximando-se de 80.000€.
O único cuidado a ter é não molhar a ligadura durante o duche diário. A atividade pode ser uma atividade dentro do normal de um pós-cirúrgico de uma cirurgia importante.
Durante a cirurgia podem surgir situações anatómicas relacionadas com a janela redonda, com o estribo e com o nervo facial que podem dificultar de maneira significativa esta cirurgia. São dificuldades anatómicas que podem dificultar a introdução do elétrodo na cóclea.
A principal complicação durante a cirurgia é a ossificação da cóclea que obriga à utilização de uma técnica cujos resultados auditivos são claramente inferiores.
Como o nervo facial está no trajeto direto do curso cirúrgico, há a possibilidade de esse nervo ser lesionado com consequente paralisia facial, o que é muito pouco frequente.
Não existe nenhuma preparação específica para o implante coclear, sendo necessário apenas que o ouvido não esteja com infeção.
O paciente deve ser preparado como qualquer outro para uma anestesia geral com os devidos cuidados com os anticoagulantes.
O implante coclear é um instrumento de extraordinário valor que pode modificar por completo a vida de certas pessoas, que pelas mais diversas razões, perderam a sua audição total ou quase total.
Uma desvantagem evidente é o elevado custo e a sua visibilidade óbvia na cabeça do paciente.
A duração será variável de equipamento para equipamento, entre uma a duas dezenas de anos, com a possibilidade de realização de upgrades da eletrónica e do software envolvidos.
Sim, é um dos riscos, ainda que raro, da cirurgia de implante coclear.
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