A roncopatia (ressonar) é um problema comum que poderá afetar o bem-estar dos casais. É mais frequente nos homens com excesso de peso, e a prevalência aumenta a partir dos 70 anos.
Porque ressonamos? Conheça as causas da roncopatia
O ressonar é causado por uma alteração da configuração das vias respiratórias durante o sono. O ruído provocado pela roncopatia pensa-se que se origina devido ao colapso das vias respiratórias superiores. É emitido um ruído especial causado pela vibração, semelhante ao som de uma bandeira exposta ao vento.
Sintomas associados à roncopatia
O “ronco” pode variar ao longo da noite e também de noite para noite.
O facto da pessoa ressonar não a ajuda a ter uma noite tranquila, o que pode causar cansaço matinal, sono ao longo do dia e mesmo adormecimento fácil ao volante ou até mesmo em pé!
A roncopatia pode ainda ser a causa de dor de cabeça matinal e despertares frequentes durante a noite com necessidade de urinar.
Causas e agravantes do "ronco"
O “ronco” pode ser induzido ou agravado por fatores diversos, como por exemplo a ingestão de álcool, de sedativos, as alterações hormonais (nomeadamente a menopausa) e o excesso de peso.
São várias as alterações que poderão estar na causa da Roncopatia. Os fatores que poderão estar na origem de obstrução mecânica (que provoca o “ronco”) poderão ser:
desvio do septo nasal;
hipertrofia dos cornetos inferiores;
rinite / rinosinusite;
hipertrofia das amígdalas palatinas, das adenóides ou dos pilares amigdalinos;
posicionamento e tamanho do palato, da úvula e da língua;
relação e da posição do maxilar e da mandíbula;
padrão de encerramento da válvula velofaringea;
patologia laríngea e ao nível da tiróide.
Diagnóstico da roncopatia
O Otorrinolaringologista irá efetuar o exame físico no qual poderá observar a origem da obstrução mecânica responsável pela Roncopatia.
O índice de massa corporal também deverá ser calculado no paciente com este tipo de queixas.
O doente deverá realizar um estudo Polissonográfico (PSG) para avaliar a Roncopatia e verificar se de facto está associado à apneia do sono, estabelecendo o seu grau de gravidade (ligeiro, moderado ou grave).
Possíveis tratamentos para a roncopatia
Dependendo do resultado do estudo Polissonográfico (PSG), o Médico irá decidir qual será o tratamento a efetuar individualizado a cada doente, que pode apenas passar por medidas higiénicas do sono, diminuição do peso, alteração da medicação, evitar álcool, café, tratamento de refluxo.
Tratamento Cirúrgico e dispositivos intra-orais são outros tratamentos disponíveis que devem ser adequados ao doente.
Consequências e riscos
O doente que ressona tem uma doença importante que lhe altera significativamente a qualidade de vida e põe em risco, por deficiência de oxigenação, todas as células do corpo, mais especificamente ao nível cerebral e cardíaco.
O ronco pode também ter consequências a nível psicossocial, na medida em que provoca muitas vezes frustração e distúrbios no sono dos parceiros. Isso pode levar a problemas de relacionamento, como conflitos conjugais ou até mesmo dormir em quartos separados.
Pessoas que roncam podem sentir vergonha ou embaraço, especialmente se o ronco for muito alto. Isso pode afetar sua autoimagem e qualidade de vida, levando a evitar certas situações sociais.
A que médico se deve dirigir para tratar a roncopatia?