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Otorrinolaringologia
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Apneia do sono

Tabela de Conteúdos

O que é a apneia do sono?

A apneia do sono é um distúrbio respiratório do sono caracterizado por episódios repetidos de diminuição ou paragem com recomeço da respiração. Na maioria dos casos está associada ao ressonar (roncopatia).

A roncopatia é um problema comum que poderá afetar o bem-estar dos casais. É mais frequente nos homens com excesso de peso, e a prevalência aumenta a partir dos 70 anos.

Porque ressonamos?

O ressonar é causado por uma alteração da configuração das vias respiratórias durante o sono. O ruído provocado pela roncopatia pensa-se que se origina devido ao colapso das vias respiratórias superiores. É emitido um ruído especial causado pela vibração, semelhante ao som de uma bandeira exposta ao vento.

Sintomas associados

O “ronco” pode flutuar em volume ao longo da noite e pode variar de noite para noite. O facto da pessoa ressonar e ter reduções/paragens respiratórias (hipopneias, apneias) impossibilita o desfrutar de uma noite tranquila, o que pode causar cansaço matinal, sono ao longo do dia e mesmo adormecimento fácil ao volante ou até mesmo em pé! Pode ainda ser a causa de dor de cabeça matinal e despertares frequentes durante a noite com necessidade de urinar.

Quais as causas e fatores de risco da apneia do sono?

A ingestão de álcool, de sedativos, as alterações hormonais (nomeadamente a menopausa) e o excesso de peso podem induzir ou agravar a roncopatia associada ou não à apneia.

Os fatores que poderão estar na origem da obstrução mecânica poderão ser: 

  • desvio do septo nasal;
  • hipertrofia dos cornetos inferiores;
  • rinite / rinosinusite;
  • hipertrofia das amígdalas palatinas, das adenóides ou pilares amigdalinos;
  • posicionamento e tamanho do palato, da úvula e da língua;
  • relação e posição da maxila e da mandíbula;
  • padrão de encerramento da válvula velofaríngea;
  • patologia laríngea e ao nível da tiróide.

Alterações genéticas, congénitas e cardiovasculares podem estar na origem da apneia.

Como é feito o diagnóstico?

O Otorrinolaringologista irá efetuar o exame físico no qual poderá observar a origem da obstrução mecânica responsável pela Roncopatia.

O índice de massa corporal também deverá ser calculado no paciente com este tipo de queixas.

O doente deverá realizar um estudo Polissonográfico (PSG) para avaliar a Roncopatia e verificar se de facto está associado à apneia, estabelecendo o seu grau de gravidade (ligeiro, moderado ou grave).

Tratamento da Apneia

Dependendo do resultado PSG, o Médico irá decidir qual será o tratamento a efetuar individualizado a cada doente, que pode apenas passar por medidas higiénicas do sono, diminuição do peso, alteração da medicação, evitar álcool, café, tratamento de refluxo. Tratamento Cirúrgico, Auto-CPAP (aparelho para apneia do sono) e dispositivos intra-orais são outros tratamentos disponíveis que devem ser adequados ao doente.

Possíveis consequências / complicações da apneia

O doente que ressona tem uma doença importante que lhe altera significativamente a qualidade de vida e põe em risco, por deficiência de oxigenação, todas as células do corpo, mais especificamente ao nível cerebral e cardíaco. 

A apneia do sono pode predispor ou estar associada a hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, arritmia ou insuficiência cardíaca.

Também é uma situação em que se trata um doente para benefício não só da própria pessoa, mas sim, pelo menos duas. Com efeito, quem está ao lado também sofre significativamente os efeitos da obstrução respiratória do outro e, muitas vezes, de forma violenta!

Perguntas Frequentes

Antigamente o SNS facilitava de maneira significativa a obtenção do aparelho denominado CPAP (Continuous Positive Air Pressure). Nos últimos tempos a legislação mudou e hoje demorará pelo menos um ano até um paciente poder obter esse aparelho que é vulgarmente chamada de ‘máscara’ e obtido através do SNS. Muitos pacientes estão infelizmente a ter que usar a ação direta de alugar o aparelho às casas fornecedoras enquanto esperam pelo CPAP do SNS.

Tal como o seu próprio nome indica, introduz nas vias respiratórias ar com pressão suficiente para ir vencendo todos os obstáculos anatómicos que for encontrando.

Pode no caso de a frequência cardíaca baixar de maneira perigosa levando à paragem cardíaca. É uma situação muito rara.

É muito frequente dado que ela é provocada pela hipertrofia do tecido linfoide das vias áreas superiores, das amígdalas e adenoides. Esta circunstância patológica é extremamente frequente no grupo infantil.

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