A mastoidite é uma infeção bacteriana que afeta a cavidade mastoidea, localizada atrás da orelha, geralmente como complicação de uma otite média aguda não tratada adequadamente.
O osso temporal, localizado na parte lateral do crânio, é constituído por várias áreas anatómicas, como o canal auditivo externo, o ouvido médio e o ouvido interno. A parte posterior do osso temporal é designada por cavidade mastoidea, que nada mais é do que um numeroso conjunto de células ósseas contíguas que, quando se infectam, constituem a situação clínica de mastoidite.
A mastoidite é consequência de uma otite média aguda tratada de forma inadequada
A infeção começa no ouvido médio, causando graus variados de destruição osteomucosa, propagando-se posteriormente para a região da mastóide. Enquanto se encontra em desenvolvimento no ouvido médio, a infeção pode provocar graus variados de lesões ósseas que levam à perda auditiva.
A bactéria mais frequentemente envolvida nesse processo é o pneumococo.
Atualmente, ao contrário do que ocorria há décadas, a infecção não tende a invadir o lobo temporal com frequência. Ocasionalmente, a infecção encontra um caminho para o exterior, saindo pela ponta da mastóide, situação designada de abscesso de Bezold, que necessita de drenagem. Da mesma forma, quando a infecção está maciçamente presente na cavidade mastoidea e não tende a curar-se apenas com tratamento médico, há indicação para cirurgia, denominada mastoidectomia.
Os sintomas da mastoidite iniciam-se dias após o início de uma otite média aguda, que por si só provoca dor no ouvido, perda auditiva e, na maioria dos casos, supuração (pus) pelo ouvido externo através de uma perfuração timpânica. Além da dor, há habitualmente mal-estar, febre e edema do ouvido, que se encontra congestionado.
Alguns fatores de risco para o desenvolvimento de mastoidite incluem:
O diagnóstico clínico é, de um modo geral, fácil, ainda que ocasionalmente possa ser desconfortável. Ele é feito com a utilização de um microscópio, mas também pode ser usado um simples otoscópio. Habitualmente, há necessidade de limpeza e aspiração do ouvido. Muitas vezes, complementa-se o ato do exame clínico com exame radiológico sob a forma de tomografia computadorizada, nomeadamente se há dúvidas se a infeção invadiu o cérebro.
O tratamento de uma mastoidite, consequência de uma otite média aguda, é feito com antibióticos orais ou intravenosos durante o período de 10 dias, de acordo com o grau de severidade da infecção.
Os antibióticos mais frequentemente utilizados são a ceftriaxona ou vancomicina de acordo com o resultado do exame cultural.
A dose de ceftriaxona é de 1 a 2 gramas por dia durante 10 dias.
Se se tiver formado abscesso periostal pode haver necessidade de drenagem cirúrgica.
Não se deverá medicar sem primeiro consultar um médico, que fará o diagnóstico e planeará o tratamento que achar mais indicado.
A mastoidite, se não tratada adequadamente, pode evoluir para complicações graves, como por exemplo perda auditiva irreversível, meningite ou paralisia do nervo facial.
Em certos casos, a mastoidite pode ser prevenida por meio de medidas que evitam a progressão de infeções do ouvido médio, incluindo o tratamento eficaz e precoce da otite média aguda.
Otorrinolaringologista.
Pode ser, se não for tratada adequadamente.
A mastoidectomia pode ser necessária quando o tratamento médico não tem o resultado desejado.
Sim, é possível, caso não seja tratada de forma adequada.
Não há grandes diferenças entre as duas situações, ainda que o estado imunitário mais débil da criança as torna mais vulneráveis.
Sim, caso não seja tratada atempadamente e de forma adequada.
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