Uma otite é uma situação inflamatória ou infeciosa que invade o ouvido na sua parte externa e média. Desta forma, existem otites externas e otites médias, mas não existem otites internas.
Quando a homeostasia (equilíbrio) da parte externa e média do ouvido humano é perturbada por invasão de agentes estranhos, pode surgir uma otite. Os agentes estranhos poderão ser bactérias, vírus, fungos ou água contaminada. A lesão traumática (por exemplo, por via de cotonete) pode também levar ao aparecimento de uma otite.
Os sintomas mais frequentes são a dor no ouvido, febre e mal-estar geral, supuração auricular (pús no ouvido) ou perda auditiva com ocasional hemorragia.
A maior parte das otites existem sem fator de risco evidente. São situações de caráter infecioso que aparecem muitas vezes sem causa subjacente.
As lesões traumáticas (por via de cotonete, por exemplo) podem, certamente, ser evitadas com procedimentos adequados.
Está também comprovado que um bebé que não teve o benefício do leite materno tem fortes probabilidades de vir a desenvolver meses mais tarde otite que se caracteriza pela dificuldade do tratamento.
A primeira ida para o jardim escola constitui um fator de risco na medida em que o seu sistema imunológico pode ser afetado pela situação de infeção respiratória de outras crianças. O mesmo princípio se aplica à criança que passa do jardim escola para a escola básica onde poderá encontrar outras crianças com misturas bacterianas muito diferentes das suas. A criança que passa de um jardim escola para a escola básica juntamente com múltiplos colegas terá menos probabilidade de ficar infetada do que se for a única a transferir-se.
O contacto muito frequente com água de piscinas é um fator de risco que, com muita frequência, leva ao aparecimento de otite, a maior parte das vezes externa.
De forma parecida, praticantes de desportos aquáticos frequentemente desenvolvem doenças do ouvido externo denominadas osteomas (ou exostoses) que podem ou não ter significado de acordo com a sua dimensão.
O diagnóstico é feito através de um exame otoscópico que evidenciará lesões habitualmente encontradas em situações de infeção, isto é, pus, congestão, edema e naturalmente dor ao exame.
O tratamento da otite na sua variante média ou externa é feito basicamente com gotas de antibiótico associadas ou não a cortisona e antibiótico sistémico.
Se há suspeita de a causa ser vírica, o tratamento deve limitar-se a paracetamol associado ou não a gotas tópicas locais.
Em situações de otite externa, aconselha-se a utilização de métodos que impeçam a entrada de água no canal auditivo externo.
Habitualmente a otite externa é tratada com gotas locais, com ou sem antibiótico e o seu resultado é positivo. No caso de se tratar de uma otite média, pode existir perfuração da membrana do tímpano. Este facto sem dúvida vem complicar a situação clínica, sendo muitas vezes necessário, depois de controlada a fase aguda (se a perfuração permanecer), executar cirurgia para o seu encerramento e possível melhoria auditiva.
O otorrinolaringologista. Muitas vezes os pediatras ou clínicos gerais também tratam, embora com menos meios disponíveis.
Uma otite externa não tratada manter-se-á inalterada com tendência a agravamento, com aumento de supuração e dor.
Uma otite média não tratada tem tendência a tornar-se crónica, o que tem repercussão na qualidade de vida do paciente, pois terá que evitar constantemente a entrada de água no ouvido. Sempre que a água atinge o ouvido médio, a probabilidade de infeção é elevada e por isso a maior parte das situações que envolvem perfurações timpânicas devem ser corrigidas cirurgicamente, não só para proteção do ouvido médio, mas também para possível melhoria auditiva.
Em situação de ouvido externo normal não há nenhuma atitude a tomar para evitar otites externas.
Em situação de perfuração do tímpano, é imperativo evitar a entrada de água no ouvido, pois isso irá agravar a situação previamente existente.
Com tratamento adequado, entre uma a duas semanas.
Sim, pode. Uma otite média pode deixar uma perfuração timpânica. Algo que terá uma relação direta com a qualidade de vida da pessoa.
Uma grande variedade de antibióticos.
Se a otite externa for de origem fúngica, as gotas serão antifúngicas.
A menos que a otite externa seja grave ou o doente imunocomprometido, como diabéticos, HIV+, doentes a fazerem quimioterapia, entre outros, não há necessidade de se administrar antiobiótico por via oral.
Para uma otite média, o antibiótico mais frequentemente utilizado é a amoxicilina associada ou não a ácido clavulânico.
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