A otite externa é uma infeção ou inflamação difusa da pele do canal auditivo externo (CAE) desde o orifício de entrada até à membrana do tímpano causada por uma alteração na pele ou na barreira de proteção de cerúmen. Em 98% dos casos a origem é bacteriana.
Existem vários tipos de otite externa, incluindo:
A otite externa mais frequente é a otite externa aguda (de causa bacteriana) que causa um enorme desconforto.
Um segundo tipo é a otite externa crónica que é mais frequente em pessoas bastante stressadas e é de origem emocional.
O tipo mais grave de otite externa é a otite externa maligna pois ela caracteriza-se por uma capacidade muito significativa de destruição tecidual local incluindo o próprio osso. É uma situação extremamente importante que pode ser fatal se não for tratada cirurgicamente de forma atempada.
A otomicose (de origem fúngica) é uma otite externa particularmente frequente no verão e definitivamente relaciona-se com a entrada de água poluída. É uma situação particularmente desconfortável mas que felizmente responde bem ao tratamento médico com gotas antifúngicas.
O doente sente por norma uma dor violenta, sensação de inchaço, comichão, humidade no ouvido, por vezes também associada a diminuição da audição. Para o caso da otite externa crónica, a dor é menos intensa, havendo prurido como sintoma mais exuberante.
Os principais fatores de risco da otite externa incluem:
O diagnóstico é feito por exame com otoscópio (otoscopia) ou microscópio.
O otorrinolaringologista irá receitar-lhe gotas antibióticas locais, por um período entre 7 a 15 dias. É importante colocar as gotas na posição deitado e permanecer na mesma posição cerca de 2 a 3 minutos para que o ouvido absorva o medicamento.
Às vezes, se o canal está muito estreito, será colocado um “wick”/esponja com efeito de absorver as gotas e encaminhá-las ao longo do canal auditivo.
Doentes com perfuração da membrana do tímpano ou com tubos de ventilação deverão colocar gotas com antibiótico não ototóxico que são seguras e não lesionam o ouvido interno. De notar que as gotas habitualmente utilizadas contêm um antibiótico chamado neomicina e, como tal, não devem ser usadas em otite externa com perfuração timpânica.
Será ainda prescrito analgésico, como paracetamol, ibuprofeno ou diclofenac, já que este tipo de otite é muito dolorosa.
Só em situações mais graves de otite externa ou em doentes com patologias associadas (diabetes, HIV, etc) ou que se encontrem a fazer determinado tipo de tratamento, tal como quimioterapia, radioterapia, imunossupressores, etc é que lhe será administrado antibiótico oral.
Uma otite externa não tratada leva ao prolongamento do sofrimento do paciente, podendo evoluir para uma perfuração timpânica. Além disso, a audição, em princípio, irá piorar, dado o edema da pele do canal que o pode inclusive encerrar.
Sim, a otite externa é grave, pois é uma patologia extremamente desconfortável e dolorosa.
Como complemento ao tratamento, o médico poderá prescrever analgésicos, como paracetamol, ibuprofeno ou diclofenac, já que este tipo de otite é muito dolorosa.
Apenas em certas circunstâncias da otite externa severa é que o antibiótico sistémico está indicado. Consulte o otorrinolaringologista para um diagnóstico e tratamento adequados.
Na maioria dos casos, o otorrinolaringologista irá indicar-lhe gotas antibióticas para o tratamento da otite externa.
Uma otite externa aguda, com tratamento adequado, responde ao tratamento em cerca de 1 semana.
É a forma mais grave de otite externa que pode, inclusive, levar à morte.
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