Síndrome vertiginoso: o que é, causas, tratamento
O que é o “síndrome vertiginoso”?
O termo “síndrome vertiginoso” é frequentemente usado pelas pessoas de forma vulgar, que provavelmente pretendem referir-se a uma doença ou conjunto de doenças que provocam vertigens. No entanto, este não é um termo médico preciso. O síndrome vertiginoso pode ser qualquer doença que se caracterize pela presença de vertigem, contudo essa doença terá a sua própria designação. Desta forma, sempre que utilizarmos o termo “Síndrome Vertiginoso” neste artigo, iremos colocá-lo entre aspas, querendo referir-nos ao sintoma de vertigem propriamente dito.
O “síndrome vertiginoso” (vertigem) pressupõe rotação da cabeça. Situação de cabeça leve, que os pacientes também mencionam com frequência, não é uma vertigem real.
A vertigem pode vir associada à perda de audição, zumbido, náusea e vômito e cefaleia. Existe uma situação vertiginosa em que a cefaleia é o sintoma mais predominante, designada por enxaqueca vertiginosa.
Causas do “Síndrome Vertiginoso”
Em otorrinolaringologia, as causas mais comuns do “síndrome vertiginoso” (vertigem) são o Síndrome de Ménière, a “doença dos cristais” (Vertigem Paroxística Posicional Benigna), otite e vertigem psicogénica.
Num consultório de neurologia ou psiquiatria, as causas da vertigem podem ser diferentes, incluindo doenças muito graves como tumores ou doenças neurodegenerativas.
O clínico geral também encontra situações vertiginosas que são na maioria dos casos relacionadas com o sistema cardiovascular.
Diagnóstico e tratamento do “Síndrome Vertiginoso”
A parte principal para a obtenção de um diagnóstico correto é uma história clínica o mais minuciosa possível, complementada por exames suplementares como audiogramas, eletrococleografia, videonistagmografia, HIT (Head Impulse Test), manobras posicionais tipo Epley e exames radiológicos que podem incluir ressonância magnética ou angio-ressonância. Ocasionalmente também se obtém o estudo radiológico da coluna cervical.
O tratamento da vertigem vai depender da sua causa. A doença de Ménière, que tem uma causa desconhecida, não tem um tratamento totalmente curativo mas baseia-se especificamente numa dieta hipossódica com restrição de água. Por sua vez, a doença dos cristais tem um tratamento com uma elevadíssima probabilidade de êxito somente por manobras posicionais, a mais conhecida das quais é a Manobra de Epley. As vertigens causadas por situações de infeções normalmente têm um bom prognóstico, desaparecendo a vertigem com a cura da infeção.
A vertigem não tratada vai evoluir de acordo com a gravidade da sua causa.
Certamente que, se se tratar de uma vertigem causada por uma doença de Ménière ou lesão cerebral, não é expectável o seu desaparecimento. Pelo contrário, uma vertigem psicogénica pode desaparecer espontaneamente quando a causa que a desencadeou também desaparece.
Perguntas Frequentes
1. Quanto tempo demora a passar o “síndrome vertiginoso” (vertigem)?
Como já foi referido, não existe situação clínica corretamente designada de “síndrome vertiginoso”, existem, sim, muitas situações de vertigem tendo por princípio tratamentos diferentes dependentes da causa raiz. Se se tratar de uma VPPB (doença dos cristais) uma crise pode passar ao fim de um dia (certamente poderá repetir-se no futuro). É genericamente admitido que a doença de Ménière pode ter uma existência entre 20 a 40 anos, começando por envolver um ouvido e eventualmente atingir o outro. Se a vertigem for causada por um tumor cerebral, só a sua remoção pode dar esperança do desaparecimento dessa mesma vertigem.
2. Qual o melhor medicamento para o “Síndrome Vertiginoso” (vertigem)?
Enquanto não é examinado pelo médico, o único tratamento que poderá eventualmente ajudar é um tratamento sedativo / calmante (como por exemplo benzodiazepina).
Agende uma consulta de Otorrinolaringologia
Na Clínica ORL
Morada: Avenida da Boavista, 117 – 6.º andar, Sala 606, 4050-115 Porto, Portugal