A neurite vestibular é uma inflamação aguda do nervo vestibular, estrutura responsável por transmitir ao cérebro informações sobre o equilíbrio corporal. Essa patologia é uma das principais causas de vertigem súbita e intensa, muitas vezes acompanhada de náuseas e vómitos, sem alterações auditivas. Acredita-se que a origem da neurite vestibular seja viral, embora outras causas também estejam a ser estudadas, incluindo a sua possível relação com o pós-COVID-19.
Embora a causa exata ainda não seja completamente compreendida, as possíveis origens incluem:
A maior parte das vezes, a neurite vestibular é acompanhada de náuseas, vómito e movimento anormal do olho, chamado nistagmo.
Em casos raros, pode surgir zumbido e dor de cabeça.
Importante: não há perda auditiva, o que ajuda a diferenciar da labirintite.
Embora a neurite vestibular possa surgir de forma súbita, alguns fatores são reconhecidos como potenciais desencadeadores ou facilitadores do seu aparecimento. Identificá-los pode ajudar na compreensão da doença e na sua prevenção.
O diagnóstico é clínico, baseado na história e no exame físico detalhado. Para excluir outras causas e confirmar a neurite vestibular, o médico poderá solicitar:
O tratamento da Neurite Vestibular pode incluir:
Na Clínica ORL, o tratamento é personalizado e inclui reabilitação vestibular conduzida por audiologistas especializados, com exercícios adaptados a cada fase da recuperação.
Sem tratamento adequado, a neurite vestibular pode deixar sequelas duradouras:
Embora nem sempre seja possível evitar a Neurite Vestibular completamente, algumas medidas simples podem reduzir o risco de desenvolvimento ou recorrência da condição:
O tempo de recuperação da neurite vestibular pode variar de pessoa para pessoa, mas em geral segue este padrão:
Sim. A neurite vestibular pode afetar tanto o lado direito como o esquerdo do nervo vestibular. Os sintomas (como vertigem intensa, náuseas e desequilíbrio) são semelhantes, mas o nistagmo — movimento involuntário dos olhos — costuma bater para o lado oposto ao da lesão. A diferenciação ajuda no diagnóstico, mas não altera o tratamento.
Já a neurite vestibular central é uma condição diferente, pois afeta estruturas dentro do cérebro, como o tronco cerebral ou o cerebelo. Nestes casos, além da vertigem, o paciente pode apresentar outros sinais neurológicos (como visão dupla, fala arrastada ou fraqueza). É uma situação mais grave, que requer investigação neurológica urgente, geralmente com ressonância magnética.
Sim, apesar de ser raro. Episódios recorrentes exigem avaliação detalhada para descartar outras condições, como doença de Ménière ou disfunções centrais.
Não é comum, mas alguns pacientes relatam zumbido temporário, especialmente se houver inflamação associada ao ouvido interno.
Sim, embora seja incomum. Quando presente, a dor de cabeça pode indicar outra causa associada ou exigir investigação adicional.
O especialista indicado é o otorrinolaringologista.
Sim, a maioria dos casos apresenta recuperação completa com tratamento adequado, incluindo a reabilitação vestibular.
Não. Embora o termo “labirintite” seja muitas vezes usado de forma genérica para descrever episódios de tontura ou vertigem, trata-se de uma condição diferente da neurite vestibular.
A neurite vestibular é uma inflamação do nervo vestibular e não provoca perda auditiva. Já a labirintite envolve inflamação do labirinto, estrutura do ouvido interno, e está frequentemente associada a zumbido e perda de audição. Por isso, o uso correto dos termos é importante para garantir um diagnóstico preciso e o tratamento mais adequado.
Raramente, a neurite vestibular pode ser o primeiro sinal de esclerose múltipla. A ressonância magnética é essencial nesses casos para descartar lesões centrais.
WhatsApp us