Adenoidectomia

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Adenoidectomia: o que é e para que serve?

A adenoidectomia é a cirurgia para remover as adenóides, tecido linfático localizado na parte superior da garganta, maioritariamente em crianças.

O órgão denominado adenóide é um acumulado de tecido linfático que está estrategicamente localizado entre a parte posterior das fossas nasais e a nasofaringe. 

A função das adenóides é basicamente a produção de anticorpos e o reconhecimento de vírus e bactérias.

As adenóides podem assumir uma grande variação de volume muitas vezes sem razão aparente. Há crianças que têm adenóides pequenas que não causam nenhum fenómeno obstrutivo, ao contrário de outras que possuem adenóides muito grandes e isto tem, sem dúvida, uma repercussão grave no mecanismo respiratório. As adenóides podem ser de tamanho grande sem qualquer razão justificável, mas muitas vezes isso liga-se a alergias ou infeções. Quando as adenóides são de pequena dimensão, normalmente a criança não tem qualquer sintoma. Pelo contrário, quando as adenóides são exageradamente volumosas, a criança começa a ter uma respiração noturna muito ruidosa com consequências sistémicas desvantajosas, como por exemplo fazer xixi na cama. Uma segunda consequência relevante da adenóide muito volumosa é o aparecimento de otite média com efusão (otite média serosa). Em situações normais, as adenóides vão crescendo à medida que a criança aumenta na idade, começando a diminuir por volta dos sete anos. A adenóide, como qualquer órgão linfóide, pode ser objeto de situações infeciosas, adenoidites, que levam ao aparecimento de secreções nasais, obstrução nasal, febre, mau hálito e como atrás se diz, ronco e otite média com efusão.

O tratamento da adenoidite pode ser iniciado com sprays corticoides inter-nasais associados à tomada de antialérgicos, como por exemplo o Montelucaste.

Uma possível consequência de má respiração nasal causada por hipertrofia adenoideia é o desalinhamento da arcada dentária que deve ser submetido a tratamento específico. A redução da oxigenação provocada pela dificuldade respiratória secundária à hipertrofia adenoideia pode ter como consequência dificuldade de concentração, irritabilidade, hiperatividade e sonolência. O ressonar da criança é completamente debelado pela remoção correta do tecido linfoide adenoideu.

Quando se trata de um adulto, a cirurgia das adenóides reveste importância clínica muito significativa pois, com grande frequência, e ao contrário do que se passa na criança, o problema está habitualmente associado à presença de um tumor maligno.

Para quem é indicada?

A cirurgia é indicada para a criança que tem um défice respiratório significativo comprovado por exame polissonográfico. Não existe restrição de idade, contudo o mais comum é a cirurgia ser realizada a partir dos 2 anos de idade.

Como é realizada a Adenoidectomia?

Na adenoidectomia, sob anestesia geral, a nasofaringe é exposta e, com instrumentos adequados, o tecido linfóide é completamente removido.

Com bastante frequência a adenoidectomia é complementada com a introdução de tubos de ventilação nos ouvidos, nos casos em que, para além da obstrução nasal, existe otite média com efusão (otite serosa).

Tipo de anestesia

A adenoidectomia é sempre realizada com anestesia geral.

Internamento

Normalmente a cirurgia é feita em ambulatório, ou seja, sem internamento. O paciente pode ir para casa no próprio dia, exceto na criança com idade inferior a 3 anos, em que por razões de segurança, se mantém internada 24 horas.

Pós-operatório e Recuperação

Não existem nenhuns cuidados especiais, para além do habitual apoio que os pais devem dar a uma criança submetida a uma intervenção cirúrgica. Adicionalmente, não há nenhuma vantagem nesta altura de ingerir apenas comida fria. 

No caso da criança se queixar de dor é habitual a tomada de paracetamol.

Ao fim de 1 semana a criança está pronta para voltar ao infantário.

Cicatriz da Adenoidectomia

Não existe cicatriz na pele da face, uma vez que a cirurgia é realizada através da boca. Existe a cicatriz interna na nasofaringe que se assume estar bem se não houver hemorragia ou outro qualquer sintoma inesperado.

Experiência da Clínica ORL em Adenoidectomia

Desde a sua formação em 1971, a Clínica ORL já realizou milhares de adenoidectomias, num grande número de casos complementada por introdução de tubos de ventilação no ouvido. A Clínica ORL conta hoje com 5 especialistas de Otorrinolaringologia e Cirurgia da Cabeça e Pescoço com uma vasta experiência na realização desta cirurgia.

Especialistas de Otorrinolaringologia e Cirurgia da Cabeça e Pescoço

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Preço da Adenoidectomia

O preço da adenoidectomia é regulado pelas seguradoras. Caso queira saber o preço, deverá contactar a sua seguradora. Caso não tenha seguro, deverá contactar diretamente a Clínica ORL pelo número 22 600 6000 de forma a receber um orçamento após avaliação em consulta.

Perguntas Frequentes

Os exames são os normais estudos de rotina analíticos, em particular o estudo de coagulação sanguínea e avaliação do número de plaquetas.

Tal como em qualquer cirurgia efetuada sob anestesia geral, existem sempre os riscos associados à anestesia. A enorme maioria das complicações envolvidas nestas cirurgias não se relacionam com a cirurgia em si, mas sim com a anestesia geral.

Uma possível complicação pós-operatória, que muitas vezes é difícil de ser tratada dada a habitual falta de colaboração do paciente (normalmente uma criança), é a hemorragia.

Esta cirurgia pode provocar alguma dor no pós-operatório, mas que é facilmente resolvida com paracetamol.

As duas razões principais para retirar as adenóides numa criança são a obstrução respiratória com roncopatia ou a diminuição auditiva consequente da acumulação de líquido na cavidade do ouvido médio. Certamente que para além da adenoidectomia nesta circunstância há também necessidade de remover o líquido do ouvido. Quer se trate de roncopatia ou surdez por otite média, o resultado do tratamento cirúrgico é habitualmente muito satisfatório.

Quando, pelo contrário, o doente é adulto, a situação pode mudar radicalmente de importância pois não é normal o adulto ter adenóides grandes. O cirurgião deve aumentar a sua suspeita se esse mesmo adulto apresentar otite média com efusão unilateral. O tecido linfóide da adenóide vai diminuindo de tamanho à medida que a idade aumenta e por isso é de grande importância a biópsia do tecido adenoideu de um adulto que apresente esse mesmo tecido em quantidades anormalmente aumentadas. Com grande frequência a situação é a de um tumor maligno.

Sim, pode. É praticamente impossível remover 100% do tecido adenoideu e, consequentemente, o que fica pode voltar a crescer. Esta situação é de baixa probabilidade quando a cirurgia é bem executada.

Pode comer o que quiser, à temperatura que quiser.

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