Adenoidectomia

Tabela de Conteúdos

A adenoidectomia é a cirurgia de remoção das adenóides – estruturas linfáticas localizadas na parte superior da garganta, atrás do nariz – quando estas estão aumentadas e causam problemas respiratórios, otites repetidas, apneia do sono ou outras complicações.

A intervenção é segura, comum na infância, e feita sob anestesia geral. A recuperação costuma ser rápida, com poucos efeitos secundários quando são seguidas as recomendações clínicas.

Muitas vezes, a adenoidectomia é realizada em articulação com outras intervenções complementares, como a colocação de tubos de ventilação nos ouvidos ou a amigdalectomia, sempre que clinicamente indicado.

Tabela Resumo

TópicoResumo
O que éCirurgia de remoção das adenóides aumentadas ou infetadas
Localização das adenóidesParte superior da garganta, atrás do nariz (nasofaringe)
Função das adenóidesDefesa imunológica contra vírus e bactérias
Principais indicaçõesObstrução nasal, apneia do sono, otites, infecções respiratórias repetidas
Idade mínimaA partir dos 2 anos, mais comum entre os 3 e os 7 anos
Tipo de anestesiaGeral
Tipo de internamentoAmbulatório (alta no mesmo dia), exceto crianças pequenas (< 3 anos) ou com outras comorbilidades
Tempo de recuperação1 semana
Possíveis complicaçõesHemorragia, infeção, alterações temporárias da voz
Risco de recidivaExiste, mas é pouco frequente

O que são as adenóides e qual é a sua função?

As adenóides são formações de tecido linfático situadas na nasofaringe, cuja função principal é participar na resposta imunitária, reconhecendo agentes infeciosos (vírus, bactérias) e contribuindo para a produção de anticorpos.

Apesar da sua função protetora, em algumas crianças, as adenóides aumentam de forma excessiva, obstruindo a passagem do ar pelo nariz, interferindo na respiração, no sono e favorecendo infeções.

Quando é recomendada a adenoidectomia?

A adenoidectomia é indicada quando há hipertrofia adenoideia com repercussões clínicas significativas. Esta decisão é tomada pelo otorrinolaringologista com base em sintomas, exames físicos e, quando necessário, exames complementares como nasofibrolaringoscopia ou polissonografia.

A cirurgia pode ser realizada a partir dos 2 anos de idade, sendo mais comum entre os 3 e os 7 anos, quando as adenóides estão mais ativas. 

A adenoidectomia é geralmente recomendada nos seguintes contextos clínicos:

  • A criança apresenta obstrução nasal persistente, respiração oral, ronco noturno ou pausas respiratórias (apneia do sono).
  • Existem episódios repetidos de otite média com efusão (otite serosa), acumulação de líquido no ouvido médio.
  • infeções frequentes da nasofaringe (adenoidites), mesmo após vários ciclos de antibióticos.
  • A hipertrofia adenoideia está a interferir com o crescimento facial ou o alinhamento dentário.
  • A respiração alterada está associada a alterações comportamentais, como irritabilidade, sonolência diurna ou dificuldade de concentração.

Em adultos, o crescimento de adenóides é raro e deve ser investigado cuidadosamente, pois pode indicar a presença de tumores.

Como é feita a cirurgia?

A adenoidectomia é realizada sob anestesia geral, por via oral, ou seja, não implica cortes externos. O procedimento dura cerca de 20 a 30 minutos.

Durante a cirurgia:

  1. É utilizado um afastador bucal para acesso à nasofaringe.
  2. A adenóide é removida com instrumentos apropriados (cureta ou outros).
  3. A zona é irrigada com soro e verificada quanto a hemorragias.
  4. Caso necessário, são colocados tubos de ventilação nos ouvidos (nos casos em que, para além de obstrução nasal, existe otite média com efusão).
  5. A criança é vigiada até acordar totalmente da anestesia.

Internamento e alta

Na maioria dos casos, a criança tem alta no próprio dia da cirurgia, após um período de vigilância no recobro.

Em alguns casos específicos, como em crianças com menos de 3 anos ou com outras comorbilidades, pode ser necessário um internamento de 24 horas por precaução.

Cuidados no pós-operatório e recuperação após Adenoidectomia

Pela nossa experiência, a recuperação da adenoidectomia é, geralmente, simples e rápida. No entanto, alguns cuidados são importantes para garantir o conforto da criança e prevenir complicações.

Após a cirurgia, é relativamente comum observarmos os seguintes sintomas:

  • Presença de dor ligeira na garganta ou ouvidos, controlada com paracetamol;
  • Ronco leve ou voz alterada nos primeiros dias;
  • Redução gradual da obstrução nasal.

Durante o período de recuperação, recomendamos:

  • Alimentação fria ou à temperatura ambiente, com alimentos moles (sopas, iogurtes, purés) durante os primeiros dias. Não é obrigatório, mas pode ser mais confortável para o paciente;
  • Evitar alimentos muito quentes, crocantes ou condimentados;
  • Reforçar a hidratação;
  • Repouso nas primeiras 48 horas;
  • Evitar exposição solar, esforços físicos e ambientes com fumo ou pó;
  • Manter higiene nasal com soro fisiológico.

A criança pode regressar ao infantário ou escola após 1 semana, dependendo da evolução e da orientação médica.

Riscos e complicações possíveis

Apesar de ser uma cirurgia segura, a adenoidectomia pode, em casos raros, apresentar complicações, como:

  • Hemorragia nasal ou oral nas primeiras 24 a 48 horas.
  • Infeções respiratórias.
  • Alterações temporárias da voz (hipernasalidade), que tendem a desaparecer em poucas semanas.
  • Dor no pescoço ou ouvidos.
  • Dificuldade na ingestão de alimentos sólidos nos primeiros dias.

Sinais de alerta a vigiar em casa:

  • Febre persistente superior a 38 °C.
  • Dor intensa que não melhora com medicação.
  • Sangue no vómito ou no nariz.
  • Dificuldade respiratória.
  • Vómitos persistentes.

Caso surjam sintomas preocupantes, deve contactar imediatamente a Clínica ORL.

Experiência da Clínica ORL em Adenoidectomia

Desde a sua formação em 1971, a Clínica ORL já realizou milhares de adenoidectomias, tendo acompanhado milhares de crianças e adultos em processos de diagnóstico, tratamento e recuperação.

Especialistas de Otorrinolaringologia e Cirurgia da Cabeça e Pescoço

A equipa é composta por médicos especialistas em Otorrinolaringologia e Cirurgia da Cabeça e Pescoço, com vasta experiência no tratamento de patologias adenoideias, tanto em contexto pediátrico como em adultos.

A excelência técnica, o acompanhamento personalizado e a dedicação ao bem-estar dos doentes são pilares fundamentais da atuação da clínica.

Conhecer equipa aqui.

Dr. Eurico de Almeida
Otorrinolaringologista
Ordem dos Médicos 10258
Dra Joana Melo Pires
Otorrinolaringologista
Ordem dos Médicos 40204
Dra. Ana Nóbrega Pinto
Otorrinolaringologista
Ordem dos Médicos 53222
Dra Telma Feliciano
Otorrinolaringologista
Ordem dos Médicos 38241
Dr. Roberto Nakamura - Otorrinolaringologista
Otorrinolaringologista
Ordem dos Médicos 37837
Dr. Miguel Viana - otorrinolaringologista na Clínica ORL
Otorrinolaringologista
Ordem dos Médicos 45117

Resultados esperados após a cirurgia

A maioria das crianças que fazem a remoção das adenóides na Clínica ORL experienciam:

  • Melhoria significativa da respiração nasal;
  • Redução ou desaparecimento do ronco e apneias do sono;
  • Diminuição das otites de repetição;
  • Melhoria no sono, no comportamento e no rendimento escolar.

A recidiva do tecido adenoideu é rara, mas pode ocorrer se a remoção não for completa ou se for realizada em idades muito precoces.

Preço da Adenoidectomia

O valor da cirurgia de adenoidectomia pode variar consoante o plano de saúde e o tipo de convenção. A Clínica ORL está abrangida por diversos acordos com seguradoras, pelo que os pacientes com seguro de saúde devem consultar previamente as condições com a sua entidade seguradora. Consulte a lista de convenções e acordos da Clínica ORL para saber se o seu plano está incluído. Se não tiver seguro, deverá agendar uma consulta para avaliação clínica e receber um orçamento personalizado.

Perguntas Frequentes

A remoção das adenóides é indicada quando o seu aumento provoca obstrução nasal persistente, respiração difícil, ronco, apneia do sono, otites de repetição ou sinusites frequentes, interferindo com a respiração, audição ou qualidade de vida da criança.

Não costuma causar dor intensa. Pode haver algum desconforto, aliviado com analgésicos simples como o paracetamol.

A cirurgia é realizada pela boca, o que significa que não deixa cicatriz visível na pele da face. A única cicatriz resultante é interna, na zona da nasofaringe, que cicatriza naturalmente sem necessidade de sutura.

Esta cicatriz interna não causa sintomas e considera-se bem resolvida desde que não haja hemorragia, infeção ou outros sinais clínicos anormais.

Sim. Preferencialmente alimentos moles e frescos nos primeiros dias (não é obrigatório, mas pode ser mais confortável para o paciente).

Não. A remoção das adenóides não compromete a imunidade, pois o organismo mantém outras estruturas linfáticas, como amígdalas, gânglios e baço, que continuam a proteger contra infeções.

Sim. Muitas vezes é feita juntamente com:

  • Amigdalectomia, quando as amígdalas estão aumentadas ou infetadas.
  • Colocação de tubos de ventilação, em casos de otite média com efusão.

O planeamento é decidido caso a caso, com base na avaliação clínica.

Não. Recomenda-se repouso relativo nas primeiras 48 horas e evitar esforço físico por uma semana.

É possível, embora seja raro, sobretudo se a cirurgia for feita em idades muito precoces.

Geralmente 1 semana após a cirurgia, desde que não haja complicações.

Se tem dúvidas sobre a necessidade de uma adenoidectomia, apresenta sintomas persistentes ou pretende apenas uma avaliação especializada, não adie o cuidado com a sua saúde. Na Clínica ORL, encontrará uma equipa médica experiente e pronta para o ajudar a encontrar a melhor solução para o seu caso clínico.

Este conteúdo é meramente informativo e não substitui uma avaliação médica personalizada. Consulte sempre um especialista credenciado.

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