A odinofagia é o termo médico para descrever a dor ao engolir. A palavra “odinofagia” é originária do grego e significa dor (odino) na deglutição (fagia). Dependendo da sua causa, pode variar de um leve desconforto a uma dor intensa, dificultando a alimentação e a hidratação. Este artigo explica as principais causas da odinofagia, os sintomas associados, métodos de diagnóstico e opções de tratamento.
Causas da odinofagia
A odinofagia pode ter diferentes origens, sendo as mais comuns:
Infeções víricas – São a causa mais frequente e incluem gripes, constipações e faringites de origem viral.
Infeções bacterianas – Como a amigdalite bacteriana, geralmente causada pelo Streptococcus pyogenes.
Infeções fúngicas – Afetam especialmente pessoas imunossuprimidas ou em tratamento com antibióticos prolongados. Um exemplo é a candidíase oral.
Refluxo gastroesofágico– O ácido gástrico pode atingir a garganta e irritar a mucosa, causando dor.
Presença de corpos estranhos – Pequenos ossos de peixe, espinhas ou pedaços de alimentos podem causar irritação ou inflamação.
Outras condições – Em casos mais raros, a odinofagia pode estar associada a doenças mais graves, como tumores na faringe ou no esófago.
Sintomas associados
A odinofagia pode apresentar diferentes sintomas consoante a sua causa:
Infeções víricas: Febre, tosse, congestão nasal, dores no corpo e dor de cabeça.
Infeções bacterianas: Febre alta, amígdalas aumentadas com placas brancas, perda de apetite e dor abdominal (mais comum em crianças).
Infeções fúngicas: Lesões brancas na mucosa oral e dor persistente.
Refluxo gastroesofágico: Sensação de azia e regurgitação ácida.
Diagnóstico da odinofagia
O diagnóstico da odinofagia baseia-se na avaliação médica e, se necessário, em exames complementares:
Exame clínico – Observação da cavidade oral e orofaringe para verificar sinais de inflamação ou infeção.
Zaragatoa faríngea – Utilizada para identificar a presença de bactérias, como o Streptococcus pyogenes.
Endoscopia digestiva alta – Indicada quando há suspeita de inflamação no esófago ou refluxo gastroesofágico.
Tratamento da odinofagia
O tratamento da odinofagia vai depender da causa subjacente. Na grande maioria dos casos, o tratamento é simples e básico, recorrendo ao uso de paracetamol (Ben-u-ron) para alívio da dor e redução da febre.
Quando a dor de garganta não é provocada por uma infeção vírica habitual, mas sim por uma infeção bacteriana identificada através da zaragatoa faríngea, então o tratamento correto será a administração de um antibiótico prescrito pelo médico.
Evolução do sintoma se não tratado
Se não tratada, a odinofagia pode levar a complicações como:
Evolução para infeções mais graves, como abscessos periamigdalianos ou disseminação da infeção para outras áreas do corpo.
Dificuldade crescente na deglutição, podendo levar à perda de peso e desidratação.
Complicações associadas ao refluxo gastroesofágico, como esofagite erosiva e lesões na mucosa.
Prevenção da odinofagia
Para reduzir o risco de desenvolver odinofagia, recomenda-se, por exemplo:
Manter uma boa higiene oral para evitar infeções fúngicas e bacterianas.
Evitar o contato com pessoas doentes, minimizando a transmissão de infeções víricas e bacterianas.
Reduzir o consumo de alimentos ácidos e picantes, prevenindo o refluxo gastroesofágico.
Não ingerir alimentos muito quentes ou muito secos para evitar irritação da mucosa da garganta.
Quando consultar um médico?
É recomendado procurar um otorrinolaringologista se:
A dor persistir por mais de três dias sem melhoria;
Existir febre alta, dificuldade em engolir ou respirar;
Houver amígdalas muito inchadas com placas brancas;
Os sintomas forem recorrentes e afetarem a qualidade de vida.
Se está a experienciar sintomas persistentes de odinofagia, agende uma consulta na nossa clínica para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.