Não deve ser confundido com Normosmia (olfato normal), Anosmia (ausência de olfato) ou Parosmia (distorção qualitativa do olfato).
O prefixo hipo significa diminuição de, e, portanto, hiposmia é uma situação clínica em que existe diminuição da capacidade olfativa do doente (perda parcial do olfato).
Embora seja um dos sentidos que menos importância as pessoas dão, nem sempre isso é correto nem seguro. Em certas profissões, nomeadamente aquelas em que se trabalham produtos gasosos explosivos, é perigosíssimo não se ter um bom olfato. Nestas situações, o olfato assume um estatuto de enorme importância em relação à manutenção da segurança no trabalho que a pessoa exerce.
Para além de sentir menos cheiro, o doente que tem hiposmia também sente diminuição do gosto, e esta situação, volta a colocar o doente hipósmico em perigo, na medida em que ele pode ingerir alimentos que já entraram em putrefação.
Causas da Hiposmia
Existe um grande número de situações que podem levar a hiposmia.
As causas mais frequentes de hiposmia (e também de anosmia) são traumatismos craneoencefálicos, infeções nasais e paranasais bacterianas ou virais, assumindo particular importância a pandemia Covid que continua entre nós a causar inúmeros problemas.
Banais infeções virais respiratórias causam hiposmia com grande frequência.
Sintomas relacionados
Quando na origem da perda de olfato está uma rinossinusite, existem sintomas associados como “pingo” no nariz, obstrução nasal e/ou cefaleia. No entanto, importa destacar outros sintomas associados à perda de olfato que são sinais de alarme e que devem motivar observação por um otorrinolaringologista de forma urgente: obstrução nasal persistente unilateral de novo ou perdas hemáticas por uma narina de novo.
Quais os fatores de risco para a Hiposmia?
Alguns dos fatores de risco para a hiposmia incluem:
O consumo de tabaco e de cocaína;
A toma de alguns antibióticos e antidepressivos;
Tratamentos de radioterapia;
Doenças como a diabetes e a hipertensão.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico desta situação clínica é feito através da história clínica, exame endoscópico, estudos radiológicos e teste de Upsit, teste de enorme importância e credibilidade desenvolvido na Universidade da Pennsylvania.
Hiposmia e anosmia são situações frequentes, semelhantes, variando no seu grau de intensidade, que naturalmente podem evoluir de modo diferente. É habitual que a hiposmia desapareça espontaneamente em menos de duas semanas. Pelo contrário, a anosmia pode ser uma situação irrecuperável e final para a qual não existe muito que se possa fazer.
O tratamento da hiposmia é habitualmente aquele que se faz quando se tem uma banal constipação. O prognóstico é quase sempre favorável com restituição integral da função.
Tratamento da Hiposmia
O olfato pode ser readquirido se houver intervenção precoce. No entanto, há casos em que a perda de olfato é definitiva. De acordo com a origem da hiposmia, os tratamentos podem passar por incluir corticóides, anti-histamínicos, cirurgia e treino de olfato, isolados ou em combinação.
Possível evolução do sintoma se não tratado (possíveis complicações)
Caso a origem da alteração no olfato seja tumoral, o arrastar da situação poderá levar a diagnósticos tardios e sequelas importantes.
No caso de patologias benignas, a demora na procura de tratamentos pode levar a perdas persistentes do olfato que poderiam ser evitadas.