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Colesteatoma

Tabela de Conteúdos

O que é o Colesteatoma?

Um colesteatoma é um cisto ou uma bolsa de retração existente na membrana do tímpano. Este cisto é rodeado por um revestimento de epitélio escamoso (tecido formado por células finas e achatadas), que vai acumulando queratina (formada a partir de células mortas), libertando um produto purulento com mau odor. Antigamente, os médicos faziam o diagnóstico cheirando o ouvido, pois o mau odor era altamente característico da existência de colesteatoma.

O colesteatoma era outrora uma doença extremamente frequente e perigosa, o que mudou radicalmente nos últimos anos. No passado, havia enfermarias somente para doentes com colesteatomas, dada a sua enorme prevalência. Atualmente a doença existe, mas assume um carácter diferente do que assumiu no passado.

O colesteatoma pode localizar-se em qualquer área do osso temporal, embora a localização mais frequente seja a parte superior da membrana do tímpano, região anatomicamente designada de pars flácida. Este tumor no ouvido, constituído praticamente por pele, tem a característica importante de poder destruir osso da vizinhança e invadir estruturas importantes à sua volta. Ao destruir osso, o colesteatoma causa importante situação purulenta que resiste ao tratamento médico, necessitando a maior parte das vezes da “cirurgia de colesteatoma” para a sua eliminação.

Tipos de Colesteatoma

A variante mais frequente é o colesteatoma adquirido, normalmente localizado na parte superior da membrana do tímpano, chamada pars flácida. Esta área começa a ser sugada para dentro e forma uma bolsa que tem somente uma pequena abertura de exteriorização para o que eventualmente lá for produzido. O que é produzido é pus e é extremamente mal cheiroso.

Em oposição a este colesteatoma adquirido, existe a variante congénita, muito menos frequente. O colesteatoma congénito deve-se à indevida retenção de uma célula epitelial na cavidade do ouvido médio que lentamente se vai desenvolvendo, formando um quisto que facilmente se vê através da membrana do tímpano. Eventualmente, se o tumor crescer, a membrana do tímpano pode ser invadida e pus começar a sair para o exterior.

Existe um terceiro tipo de colesteatoma, localizado não no ouvido médio, mas sim em pleno canal auditivo externo. Esta variante chama-se queratoma e tem um comportamento muito mais benigno do que as outras. Basta uma limpeza meticulosa e frequente do canal com remoção de células mortas e cerúmen para que a situação seja controlada.

Quais as principais causas do Colesteatoma?

O colesteatoma congénito é causado pela retenção indevida de uma célula epitelial em plena cavidade do ouvido médio. Este é um local impróprio para uma célula epitelial. Se tem condições favoráveis, esta célula vai-se multiplicando, acabando por formar um pequeno tumor no ouvido facilmente observável através da membrana do tímpano. Normalmente o seu único sintoma é perda auditiva muito moderada ou nenhuma.

O colesteatoma adquirido resulta da formação de uma bolsa de retração que surge em plena membrana do tímpano, bolsa esta que começa a acumular células mortas e queratina que levam eventualmente ao aparecimento de pus com cheiro muito desagradável.

Sintomas mais frequentes do Colesteatoma

Os sintomas do colesteatoma são os de uma infeção crónica do ouvido, particularmente resistente ao tratamento médico local.

O principal sinal é a presença de uma secreção com odor forte, acompanhada por algum grau de perda auditiva.

O colesteatoma pode danificar ossos próximos, invadindo estruturas importantes como a cadeia ossicular, o nervo facial e até a cavidade craniana, pelo que é muito importante um diagnóstico atempado.

No passado era frequente o colesteatoma poder evoluir para meningite, situação que hoje já não se observa.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico de colesteatoma é feito através de uma observação microscópica. Habitualmente nota-se material purulento (pus) na parte superior da membrana do tímpano. Aspirado o pus, a área cística é exposta e facilmente observável.

Tratamento do Colesteatoma

Tratamento não cirúrgico

Na grande maioria das vezes, o tratamento do Colesteatoma é cirúrgico. No entanto, em certas situações de exceção (doente muito idoso por exemplo) é possível controlar a doença somente através de meticulosa limpeza local associada a antibiótico local.

Cirurgia de Colesteatoma

O tratamento habitual do colesteatoma é cirúrgico. A finalidade principal da cirurgia de Colesteatoma é a eliminação total do cisto, assim como do osso que foi sendo invadido pela doença.

Na cirurgia de colesteatoma, o cirurgião muitas vezes enfrenta o dilema entre priorizar a melhoria da audição ou realizar o procedimento corretamente. Esse é um erro a evitar. No tratamento do colesteatoma, a principal prioridade deve ser o controlo da doença, garantindo que ela seja totalmente tratada, mesmo que isso possa significar que a recuperação da audição não seja o foco imediato.

Que médico trata os Colesteatomas?

O médico responsável pelo tratamento de Colesteatomas é somente o cirurgião de ouvidos, o otorrinolaringologista.

Possível evolução do Colesteatoma se não tratado

Como já foi referido atrás, este perigoso cisto, tem enorme capacidade destrutiva e, por isso, é altamente recomendável a sua exérese cirúrgica.

Perguntas Frequentes

Sim, tem cura cirúrgica (tratamento mais frequente) ou médica, dependendo do caso.

Sim, pode. Se a cirurgia não for completa pode haver recidiva da situação.

É muito pouco provável que tal situação aconteça.

O principal risco é a não remoção completa da lesão e portanto haver um recidiva da situação.

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