A otite externa é uma infeção da pele do canal auditivo externo, na grande maioria das vezes de origem bacteriana. Surge com frequência no verão e pode causar dor intensa, comichão e perda auditiva temporária. O tratamento inclui gotas otológicas, analgésicos e, em casos graves, antibiótico oral. Com cuidados adequados, a recuperação geralmente ocorre em 7 a 10 dias.
A otite externa é uma infeção ou inflamação da pele que reveste o canal auditivo externo (CAE), desde a entrada do ouvido até à membrana do tímpano. Acontece quando a barreira natural de proteção do cerúmen é comprometida, facilitando a entrada de microrganismos. Pode surgir após natação, exposição prolongada à humidade ou uso inadequado de cotonetes.
A otite externa pode ser classificada conforme a duração e origem da infeção:
Os sinais e sintomas mais comuns da otite externa incluem:
Nos casos de otite externa crónica, a dor é menos intensa, havendo prurido como sintoma predominante.
A otite externa é favorecida por diversos fatores que comprometem a integridade ou o ambiente do canal auditivo externo. Os principais incluem:
O diagnóstico é clínico e baseia-se na observação direta do canal auditivo através de otoscópio (otoscopia) ou microscópio. Se o canal estiver obstruído por cerúmen ou secreções, pode ser necessário efetuar uma limpeza especializada para permitir a correta avaliação e início do tratamento.
Antes de iniciar qualquer medicação, o otorrinolaringologista poderá ter de efetuar uma limpeza, por micro-sucção ou irrigação, para remover cerúmen e secreções. Este procedimento melhora a eficácia das gotas e é indicado preferencialmente nos casos com obstrução do canal.
A duração habitual do tratamento é de 7 a 14 dias, com cura clínica em 7 a 10 dias na maioria dos casos.
O wick expande-se dentro do canal e é geralmente mantido por 2 a 3 dias, caindo espontaneamente à medida que o canal melhora. A aplicação de gotas deverá continuar até completar o tratamento.
O diagnóstico e tratamento da otite externa são da responsabilidade da Otorrinolaringologia.
Quando não é tratada de forma adequada e atempada, a otite externa pode evoluir para formas mais complexas ou causar complicações relevantes:
Por estes motivos, é fundamental procurar um médico ao primeiro sinal de sintomas, evitando que a otite externa progrida para formas complicadas ou graves.
Algumas medidas simples podem prevenir o aparecimento de otite externa:
Sim, a otite externa é grave, pois é uma patologia extremamente desconfortável e dolorosa.
Não. A otite externa não se transmite de pessoa para pessoa.
Uma otite externa aguda, com tratamento adequado, responde ao tratamento em cerca de 1 semana. Casos crónicos ou fúngicos podem demorar mais tempo.
Sim, na maioria dos casos o tratamento é feito com gotas antibióticas ou antifúngicas prescritas pelo otorrinolaringologista.
A maioria dos casos melhora significativamente nos primeiros 2 ou 3 dias após o início do tratamento. A recuperação completa ocorre, geralmente, após 1 semana. Se os sintomas persistirem por mais de 14 dias ou agravarem, é necessária nova avaliação médica.
Só em casos mais graves ou com complicações. A maioria das situações responde bem a tratamento tópico. Agende uma consulta na Clínica ORL para um diagnóstico e tratamento adequados.
O médico poderá recomendar analgésicos como paracetamol, ibuprofeno ou diclofenac. Compressas mornas também podem ajudar.
É a forma mais grave da doença, que pode afetar os ossos do crânio e colocar a vida em risco. É mais comum em doentes com diabetes ou imunossuprimidos e requer tratamento hospitalar.
Se houver perfuração do tímpano, devem evitar-se gotas ototóxicas. A perfuração geralmente cicatriza em semanas ou meses; cirurgia pode ser necessária se não cicatrizar espontaneamente.
No caso de estar com uma otite externa, há alguns cuidados importantes sobre o que evitar, para não agravar a inflamação ou prolongar a recuperação, nomeadamente:
A otite externa é uma patologia relativamente frequente, mas que não deve ser desvalorizada. Ao primeiro sinal de dor, comichão ou desconforto no ouvido, é fundamental procurar avaliação médica.
Agende uma consulta com um otorrinolaringologista para obter um diagnóstico rigoroso e iniciar o tratamento adequado o quanto antes.
Tópico | Resumo |
Definição | Inflamação ou infeção da pele do canal auditivo externo, geralmente de origem bacteriana. |
Principais tipos | Aguda, crónica, fúngica (otomicose) e maligna (necrotizante). |
Causas comuns | Água retida, microtraumatismos, uso de objetos no ouvido, alteração da barreira protetora de cerúmen. |
Sintomas frequentes | Dor intensa, comichão, sensação de ouvido cheio, secreção e perda auditiva temporária. |
Fatores de risco | Ambiente húmido, canal estreito, eczema, uso de tampões/auriculares, diabetes, imunossupressão. |
Diagnóstico | Exame com otoscópio ou microscópio, com possível necessidade de limpeza. |
Tratamento habitual | Gotas antibióticas, antifúngicas ou acidificantes, analgésicos, antibiótico oral em casos graves. |
Tempo de recuperação | Entre 7 a 10 dias, com melhoria visível nas primeiras 48 a 72 horas. |
Médico indicado | Otorrinolaringologista |
Complicações possíveis | Perfuração do tímpano, infeção mais profunda, perda auditiva. |
Prevenção | Manter ouvidos secos, evitar objetos no ouvido, usar proteção em ambiente húmido, gotas preventivas após natação. |
Este conteúdo é meramente informativo e não substitui uma avaliação médica personalizada. Em caso de sintomas persistentes ou dúvidas, agende uma consulta.
Fontes
Na Clínica ORL
Morada: Avenida da Boavista, 117 – 6.º andar, Sala 606, 4050-115 Porto
WhatsApp us