A congestão nasal é a sensação de nariz entupido.
O nariz entupido é uma situação muito frequente, podendo, com toda a certeza, afirmar-se que todos nós já a experimentamos.
A situação de nariz entupido tem uma curiosa relação com o nosso estado emocional, que é indiscutivelmente perturbado.
Anatomicamente, o nosso nariz tem estruturas importantes que se relacionam com a permeabilidade nasal. Dentro do próprio nariz, temos o septo nasal e, lateralmente, quatro órgãos de cada lado, chamados cornetos. O desvio do septo (que mais de 80% das pessoas têm, mais ou menos pronunciado) e a hipertrofia (aumento do tamanho) dos cornetos são as principais causas de obstrução nasal.
Uma das possíveis causas para a hipertrofia dos cornetos é a rinite que, caso seja alérgica, deverá ser tratada pelo alergologista. Se a rinite for de natureza não alérgica, o tratamento será feito pelo otorrinolaringologista.
Uma causa não nasal para a sensação de nariz entupido pode ser a presença de adenóides de tamanho excessivo.
Em situações mais raras, a obstrução nasal pode derivar de outras situações, tais como polipose nasal ou tumores nasais.
É curiosa a relação que existe entre o nariz e o nosso sono. Quando nos deitamos e inclinamos a cabeça, por exemplo, para a direita, passado algum tempo, a narina direita pode obstruir, enviando uma mensagem ao cérebro para que rodemos a cabeça para a esquerda, permitindo que a respiração pelo lado direito se normalize. Este fenómeno é conhecido como ciclo nasal e é, de facto, uma das principais causas que justifica as nossas mudanças de posição durante o sono.
Para que o otorrinolaringologista consiga entender a causa da obstrução nasal, faz uma simples observação direta com espéculo nasal, microscópio ou endoscópio.
Na nossa prática clínica, nas situações de obstrução nasal não alérgicas damos mais importância à condição dos cornetos nasais do que propriamente ao septo nasal.
Esta decisão baseia-se no facto de intervenções sobre os cornetos serem extremamente simples, ao contrário do que se passa nas cirurgias sobre o septo nasal.
Através de uma cirurgia muito simples feita na clínica, em ambulatório, sob anestesia local, é perfeitamente possível alterar significativamente o tamanho dos cornetos. Esta intervenção é designada de eletrocoagulação dos cornetos, em que uma corrente elétrica de baixa intensidade é passada através daquele órgão que causará uma significativa alteração do seu tamanho, melhorando de maneira pronunciada a respiração através daquela fossa nasal. Habitualmente, esta cirurgia é feita bilateralmente e os resultados são, na enorme maioria dos casos, excelentes. Por essa razão, na nossa prática clínica, executamo-la com muito mais frequência do que a cirurgia ao septo nasal.
No entanto, as situações de obstrução nasal causadas por alergias devem ser tratadas pela alergologista, através de procedimentos específicos.
Quando a situação de obstrução nasal deriva de outras situações, tais como polipose nasal ou tumores nasais, outros tratamentos se impõem.
A polipose nasal é uma doença que não responde bem à maioria dos tratamentos instituídos, sejam médicos ou cirúrgicos, sendo atualmente utilizados medicamentos biológicos para as situações de polipose nasal recidivante.
O tratamento de tumor nasal, chamado papiloma nasal invertido, é sempre tratamento do tipo cirúrgico. Não é possível tratar o tumor nasal com tratamentos médicos não cirúrgicos.
O médico deve ser procurado quando a obstrução nasal for persistente e incomodativa.
No caso de situações não tumorais, a obstrução nasal vai aumentando de intensidade causando desconforto mais significativo no paciente.
No caso de situações tumorais, a evolução vai depender da natureza do tumor, benigna ou maligna. Para o caso do tumor benigno, dá-se o aumento da obstrução nasal. No caso de ser maligno pode observar-se a invasão de importantes estruturas anatómicas vizinhas.
De uma forma geral, não há mecanismo de prevenção de obstrução nasal, com uma possível exceção para as situações alérgicas, onde evitar o contacto com os alergénios conhecidos pode ajudar a reduzir a incidência e a gravidade dos sintomas.
Proceder a lavagens com produtos vasoconstritores, como por exemplo Rhinodouche. É absolutamente desaconselhada a utilização de vasoconstritores por períodos superiores a 4-5 dias, pois pode surgir uma situação de agravamento da própria rinite por uso prolongado de vasoconstritor.
Aspiração nasal e vapores.
Aspiração nasal e vapores.
Podem utilizar-se corticoides intranasais que são medicamentos muito seguros mesmo tomados durante longos períodos de tempo.
Tratar a obstrução nasal propriamente dita.
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