A perda de audição repentina surge, como o nome indica, de forma inesperada, muitas vezes sem dor, e afetando geralmente um dos ouvidos e, em certos casos, os dois. Também é conhecida como surdez súbita neurossensorial (SSNS).
Pode ocorrer repentinamente ao acordar, ao atender uma chamada ou simplesmente ao mudar de ambiente.
A SSNS é definida (*) como uma redução auditiva igual ou superior a 30 decibéis em três frequências consecutivas, ocorrida em menos de 72 horas.
Esta situação requer atenção médica urgente, pois o tratamento precoce pode fazer toda a diferença na recuperação.
Que sintomas podem acompanhar a perda auditiva súbita?
Os principais sinais de perda auditiva súbita incluem:
- Diminuição rápida da capacidade auditiva num dos ouvidos;
- Sensação de ouvido tapado, como se estivesse debaixo de água;
- Zumbido (tinnitus) no ouvido afetado;
- Vertigens ou desequilíbrio;
- Sensibilidade ao som;
Estes sintomas podem surgir subitamente ou agravar-se rapidamente ao longo de horas ou poucos dias.
Quais as possíveis causas para a perda auditiva repentina?
Uma variedade de distúrbios que afetam o ouvido pode causar surdez súbita neurossensorial, mas apenas cerca de 10% das pessoas diagnosticadas com SSNS apresentam uma causa identificável. Algumas dessas condições incluem:
- Infeções virais (como gripes ou viroses);
- Problemas vasculares que afetam a irrigação do ouvido interno;
- Doenças autoimunes;
- Traumatismos cranianos;
- Tumores do nervo auditivo (como o neurinoma do acústico – mais raro);
- Efeitos secundários de medicamentos ototóxicos;
- Distúrbios do ouvido interno, como a doença de Ménière.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da Surdez Súbita Neurossensorial envolve uma avaliação clínica cuidadosa e a realização de exames específicos, que ajudam a determinar o tipo, o grau e a possível causa da perda auditiva.
Perante sintomas de perda auditiva súbita, o médico otorrinolaringologista pode solicitar:
Audiometria Completa
O audiograma tonal permite medir o limiar auditivo — ou seja, a intensidade mínima (em decibéis) necessária para que o paciente consiga ouvir diferentes frequências sonoras (graves, médias e agudas). Já a audiometria vocal avalia a capacidade de compreender a fala em diferentes volumes.
Este exame ajuda a confirmar se a perda é neurossensorial e qual o seu grau.
Timpanometria
O timpanograma é um exame que avalia a mobilidade do tímpano e a presença de alterações no ouvido médio, como líquido, perfurações ou disfunção da trompa de Eustáquio.
É útil para excluir causas condutivas da perda auditiva, como otites ou bloqueios.
Exames Laboratoriais (análises ao sangue)
O otorrinolaringologista pode solicitar análises para despiste de causas infeciosas, autoimunes, metabólicas ou hematológicas.
Entre os parâmetros investigados podem estar vírus como o herpes simples, sífilis, marcadores autoimunes, alterações da glicemia ou perfis inflamatórios.
Exame de imagem: Ressonância Magnética (RM)
Em alguns casos, especialmente quando a perda auditiva é unilateral (afecta apenas um ouvido) e sem causa evidente, pode ser recomendada uma ressonância magnética com contraste.
Este exame permite visualizar o ouvido interno e o nervo auditivo, ajudando a excluir lesões mais graves, como tumores do nervo vestibulococlear (ex.: neurinoma do acústico) ou outras malformações.
Diagnosticar precocemente a perda auditiva súbita é fundamental para maximizar as hipóteses de recuperação auditiva. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento — idealmente nas primeiras 24 a 48 horas — melhores são os resultados.
Qual o tratamento para a perda auditiva súbita?
O sucesso do tratamento depende, em grande parte, da precocidade do diagnóstico.
As opções de tratamento, que naturalmente dependem da causa subjacente, podem incluir:
- Corticoterapia oral ou intratimpânica (anti-inflamatórios potentes);
- Medicação para melhorar a microcirculação do ouvido interno;
- Oxigenoterapia hiperbárica (em casos selecionados);
- Tratamento de doença de base, quando identificada (autoimune, viral, vascular, etc.);
- Acompanhamento audiológico e reabilitação auditiva, se a perda for persistente;
- Entre outros.
Qual a possível evolução deste sintoma se não for tratado?
Sem tratamento adequado e atempado, a perda auditiva repentina pode tornar-se irreversível. Além disso, pode comprometer o equilíbrio, a qualidade de vida e a comunicação, gerando impacto psicológico e social.
Por isso, não é recomendável esperar para ver se melhora sozinho. Qualquer diminuição auditiva súbita deve ser avaliada por um especialista.
Experiência da Clínica ORL
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