A epistaxis é o termo médico para hemorragia nasal. É muito frequente e, na maioria dos casos, resolve-se com medidas simples: sentar-se, inclinar a cabeça ligeiramente para a frente e comprimir a parte mole do nariz durante 10 a 15 minutos, sem interromper.
Quando o sangramento é abundante, persiste, repete-se com frequência ou vem acompanhado de sinais de alarme, deve ser avaliado por um otorrinolaringologista.
Epistaxis é o termo médico para hemorragia nasal, manifestando-se como sangramento através das narinas. É um evento frequente, mais comum em crianças e idosos, e geralmente autolimitado.
O nariz contém uma densa rede de vasos sanguíneos muito próximos da superfície da mucosa. Por serem frágeis, podem romper-se facilmente, originando hemorragia.
A maioria das epistaxis é ligeira e autolimitada, mas diferentes situações podem desencadear o sangramento no momento.
As causas diretas mais comuns incluem:
A maioria das epistaxes é anterior, afetando a chamada área de Kiesselbach (região na parte frontal do septo nasal onde vários vasos sanguíneos se encontram muito próximos da superfície). Por estar mais exposta e ser ricamente irrigada, esta zona é particularmente vulnerável a pequenos traumas ou à secura ambiental, o que facilita o sangramento.
Já as epistaxes posteriores são menos comuns, tendem a ser mais difíceis de controlar, podem provocar saída de sangue pela boca e exigem avaliação médica urgente.
A hemorragia nasal, para além do sangramento visível, pode provocar outras manifestações que variam consoante a intensidade, a duração e a causa do episódio. Estes sintomas podem ocorrer durante ou após a perda de sangue.
Entre os mais comuns destacam-se:
Sintomas como tonturas intensas, desmaios, dor no peito, palpitações ou falta de ar exigem avaliação médica imediata, pois podem indicar perda de sangue significativa ou outro problema subjacente.
Algumas condições e hábitos não causam a hemorragia de forma imediata, mas tornam a mucosa nasal mais frágil ou aumentam a probabilidade de sangramentos prolongados e repetidos.
Entre os principais fatores de risco estão:
Na maioria dos casos, é clínico e simples, especialmente em epistaxes anteriores. Hemorragias posteriores podem causar sangue na boca e exigem avaliação hospitalar.
Exames e avaliações complementares podem incluir:
Existem manobras simples e eficazes que pode realizar em casa:
Primeiros socorros:
Se não controlar a hemorragia, procure o hospital mantendo a compressão e a posição correta.
No hospital, podem ser necessários:
O especialista indicado é o otorrinolaringologista.
Embora a maioria das hemorragias nasais seja ligeira e se resolva com medidas simples em casa, existem situações que exigem avaliação médica rápida, de preferência por um otorrinolaringologista.
Procure assistência médica se ocorrer alguma das seguintes situações:
A epistaxis, quando não controlada ou não investigada, pode ter consequências importantes.
Hemorragias intensas e de difícil controlo podem levar a uma perda significativa de sangue, provocando fraqueza extrema, queda da pressão arterial e, em casos graves, risco de vida – situações que exigem observação médica urgente.
Mesmo episódios ligeiros mas recorrentes não devem ser ignorados, pois podem ser sinal de doenças subjacentes, como distúrbios da coagulação, hipertensão arterial ou patologias nasais mais complexas, que requerem avaliação em consulta de Otorrinolaringologia.
Alguns cuidados simples ajudam a evitar episódios de epistaxis:
Na maioria dos casos, a hemorragia nasal pode ser controlada em casa com medidas simples. Siga estes 7 passos:
Na maioria das vezes, a hemorragia nasal em crianças tem origem na parte anterior do nariz e está associada à manipulação da mucosa. Ensine a criança a não mexer no nariz nem retirar crostas, e a manter a mucosa hidratada com vaselina ou gel/spray nasal apropriado. Procure avaliação médica se o sangramento for frequente ou abundante.
Sim. As alterações hormonais e o aumento da vascularização da mucosa nasal durante a gravidez aumentam o risco de hemorragia nasal. Os estrogénios causam congestão e edema, a progesterona aumenta o volume sanguíneo e a hormona de crescimento placentária provoca vasodilatação. Estes fatores tornam os vasos mais frágeis. Episódios frequentes ou intensos devem ser avaliados por um médico.
Sim, embora a maioria dos casos seja ligeira, a hemorragia nasal pode, em alguns casos, estar associada a distúrbios de coagulação, hipertensão arterial não controlada, tumores nasais ou outras doenças. Se o sangramento for frequente, intenso ou acompanhado de outros sintomas (como tonturas, palpitações ou dor no peito), é fundamental procurar avaliação médica.
Um episódio típico de hemorragia nasal ligeira dura entre alguns segundos e até 10–15 minutos. Se ultrapassar 20-30 minutos apesar da compressão correta, deve procurar ajuda médica de imediato.
Sim. Sangrar do nariz frequentemente pode indicar fragilidade crónica da mucosa, exposição constante a irritantes ou uma condição médica subjacente. Mesmo que os episódios sejam ligeiros, a recorrência merece avaliação para identificar e tratar a causa.
Sim. Algumas medidas úteis incluem manter o ar do ambiente húmido, hidratar a mucosa com soro fisiológico ou gel nasal, evitar manipular o nariz, aplicar vaselina fina na entrada das narinas se houver crostas e proteger-se do frio e do ar seco.
Se sofre de episódios frequentes, intensos ou difíceis de controlar de hemorragia nasal, não adie a avaliação. Um diagnóstico atempado permite identificar a causa e iniciar o tratamento adequado, prevenindo complicações e melhorando a sua qualidade de vida. Marque já a sua consulta de Otorrinolaringologia e receba um acompanhamento especializado, seguro e personalizado.
Tópico | Resumo |
O que é | Hemorragia nasal (epistaxis) |
Causas | Traumas, ar seco, doenças nasais, irritantes, medicamentos, alterações de coagulação |
Sintomas | Mal-estar, tonturas, náuseas ou vómitos após ingestão de sangue |
Fatores de risco | Condições ou hábitos que fragilizam a mucosa e aumentam a recorrência |
Diagnóstico | Observação direta; anterior mais frequente que posterior |
O que fazer | Compressão 10-15 min; repetir; cabeça para a frente; gelo externo |
No hospital | Cauterização, tamponamento; casos renitentes: embolização ou cirurgia |
Procurar médico | Se >20-30 min, muito abundante, com sintomas ou episódios frequentes |
Complicações | Perda de sangue significativa; investigar causas subjacentes |
Prevenção | Humidificar, hidratar mucosa, vaselina fina, evitar manipulação |
Este conteúdo é meramente informativo e não substitui uma avaliação médica personalizada. Em caso de sintomas persistentes ou dúvidas, agende uma consulta.
Fontes
Na Clínica ORL
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