
Os gânglios linfáticos têm um papel fundamental no combate às infeções. Existem vários locais no nosso corpo com gânglios linfáticos como por exemplo: pescoço, axilas e virilhas.
Na grande maioria dos doentes, quando existe um aumento dos gânglios linfáticos, a causa é devido a uma infeção, nomeadamente das vias respiratórias superiores (provocado por vírus ou bactérias). Raramente a causa do aumento dos gânglios linfáticos é devido a neoplastia maligna.
Neste artigo iremos focar-nos mais nos gânglios linfáticos aumentados ao nível do pescoço.
Como é referido anteriormente, em mais de 75% dos doentes a causa do aumento dos gânglios linfáticos é devido a uma infeção respiratória superior (vírica ou bacteriana), ou ainda devido a causas inespecíficas e, em menos de 1% dos doentes, devido a neoplastia malignas.
Existem outras causas comuns para o aumento e inflamação dos gânglios linfáticos: infeções estreptocócicas da garganta, mononucleose infeciosa, varicela, sarampo, HIV, infeções dentárias, infeções dos ouvidos, tuberculose.
Outras causas menos comuns que poderão estar na origem dos gânglios linfáticos inchados e inflamados podem ser:
Para além dos gânglios linfáticos inchados, o doente poderá eventualmente apresentar também:
O diagnóstico deve ser feito com uma história clínica detalhada, exame físico (localização dos gânglios, o facto de ser apenas um gânglio aumentado ou múltiplos, textura, a presença ou ausência de dor, ou outros sinais inflamatórios associados), análises ao sangue, ecografia, RX Toráx, TAC ou Ressonância Magnética, são exames que poderão ser úteis e necessários.
Pode haver necessidade em alguns casos de biópsia guiada por Ecografia, ou remoção cirúrgica do gânglio e envio para anatomia patológica.
A maioria dos pacientes não precisa sequer de análises: se a história clínica e o exame físico indicar uma causa benigna pode-se efetuar um cuidado acompanhamento em 2 a 4 semanas.
O tratamento dos gânglios linfáticos aumentados e inflamados depende, naturalmente, da causa subjacente. Se na sua origem estiver um vírus, anti-inflamatórios serão o tratamento; se a sua etologia for bacteriana então será tratado com antibiótico.
Se a causa for um tumor então poderá ser necessário cirurgia associada ou não a outros tratamentos coadjuvantes (quimioterapia ou radioterapia).
Portanto o tratamento terá de ser individualizado de acordo com a causa do aumento dos gânglios linfáticos.
Se os gânglios linfáticos inflamados estão restritos ao pescoço deverá dirigir-se a um médico de otorrinolaringologia, Clínica Geral ou Medicina Interna.
Se os gânglios estiverem aumentados em várias áreas, então deverá ser observado por um médico de Medicina Interna.
Deverá procurar o médio nas seguintes situações:
Os gânglios linfáticos têm um papel fundamental no combate às infeções.
Por norma entre 2 a 4 semanas.
Sim é possível tirar os gânglios linfáticos, e por vezes é fundamental tanto para biópsia, como para tratamento de algumas situações normalmente oncológicas.
Sim, numa pequena percentagem de casos, na origem do aumento dos gânglios linfáticos poderá estar um cancro, normalmente doenças malignas hematológicas (doença de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin, leucemia) e doenças malignas metastáticas (tumores em outros locais e que metastizam para os gânglios linfáticos).
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