Faringite (aguda)

Tabela de Conteúdos

O que é a Faringite?

A faringite aguda é uma inflamação súbita da mucosa e dos tecidos linfáticos da faringe, geralmente causada por uma infeção. Embora, na maioria dos casos, tenha origem infeciosa, pode também resultar da inalação de substâncias irritantes como gases, vapores ou produtos químicos.

Quais as principais causas da Faringite?

A maior parte dos casos de faringite aguda é de origem viral. No entanto, em cerca de 25% das situações, o agente responsável é uma bactéria específica: o estreptococo beta-hemolítico. Esta distinção é fundamental porque muitos doentes iniciam o tratamento com antibióticos sem necessidade, já que os antibióticos não são eficazes contra vírus.

Sintomas mais frequentes da Faringite

Os sintomas típicos surgem de forma rápida e incluem:

  • Secura e ardor na garganta;
  • Dificuldade em engolir (disfagia);
  • Sensação de mal-estar geral;
  • Falta de apetite;
  • Dor de cabeça;
  • Febre.

Normalmente, os sintomas atingem o seu pico em 24 a 48 horas. A febre tende a desaparecer ao fim de 3 a 4 dias.

Fatores de Risco

Alguns fatores aumentam a probabilidade de desenvolver faringite aguda, especialmente quando o sistema imunitário está mais vulnerável. Entre os mais comuns estão:

  • Constipações ou infeções respiratórias anteriores;
  • Exposição prolongada ao frio;
  • Cansaço excessivo;
  • Consumo exagerado de álcool ou alimentos irritantes.

Por vezes, a faringite é o primeiro sinal de outras infeções mais específicas, como escarlatina, sarampo, pneumonia ou tosse convulsa.

O que acontece no organismo?

A infeção costuma começar na nasofaringe (parte superior da garganta, atrás do nariz) e pode estender-se a outras zonas da faringe, nariz e estruturas vizinhas. Os folículos linfáticos da parede posterior e lateral da garganta ficam aumentados e inflamados. É frequente observar-se inchaço da úvula (a pequena estrutura que pende no fundo da garganta) e secreção de muco espesso pelas glândulas da mucosa.

Os gânglios linfáticos do pescoço, tanto anteriores como posteriores, costumam estar aumentados e sensíveis.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico baseia-se na observação dos sinais característicos: presença de muco espesso, inflamação da faringe, das amígdalas e das bandas laterais da garganta. Em casos mais graves, tanto a febre como o aumento dos gânglios linfáticos podem persistir por mais tempo.

Tratamento da Faringite

A maioria dos casos de faringite aguda é de tratamento simples e não requer antibióticos. As medidas principais incluem:

  • Boa hidratação;
  • Repouso;
  • Gargarejos com soluções adequadas, que ajudam a eliminar o muco;
  • Analgésicos ou antipiréticos (consoante a indicação médica).

O uso de antibióticos só está indicado em situações mais severas ou quando se confirma uma infeção bacteriana. Nesses casos, a penicilina por via injetável é geralmente a primeira escolha. Em casos mais ligeiros, pode ser prescrita amoxicilina com ácido clavulânico por via oral.

É fundamental não recorrer à automedicação. O uso inadequado de antibióticos contribui para o aumento da resistência bacteriana e pode prejudicar a recuperação.

Que médico trata a Faringite?

A especialidade médica responsável pelo diagnóstico e tratamento da Faringite é a Otorrinolaringologia.

Possível evolução da Faringite se não tratada

A gravidade da infeção pode determinar o risco de complicações. As mais comuns resultam da propagação da infeção a estruturas próximas:

  • Ouvidos – pode originar otite;
  • Nariz e seios perinasais – pode causar rinite ou sinusite;
  • Vias respiratórias inferiores – pode evoluir para laringite, traqueíte, bronquite ou pneumonia

Em casos mais graves, podem surgir complicações sistémicas como nefrite (inflamação dos rins), febre reumática ou, em situações extremas, septicemia (infeção generalizada).

Perguntas Frequentes

A faringite aguda costuma evoluir rapidamente. Os sintomas atingem o seu pico em 1 a 2 dias e, na maioria dos casos, a febre desaparece ao fim de 3 a 4 dias. Em situações ligeiras, a recuperação completa ocorre em menos de uma semana. No entanto, casos mais severos podem demorar um pouco mais, especialmente se houver complicações ou envolvimento de outras estruturas (como ouvidos, nariz ou pulmões).

Nem sempre. A maioria das faringites é causada por vírus, contra os quais os antibióticos não têm qualquer eficácia. O antibiótico só está indicado quando há sinais de infeção bacteriana, principalmente se causada por estreptococo beta-hemolítico. Nessas situações, o médico pode prescrever antibióticos. Nunca se deve iniciar antibiótico por conta própria. A decisão deve ser sempre tomada por um profissional de saúde após avaliação clínica.

O tratamento da faringite depende da sua causa e da intensidade dos sintomas. Em geral, recomenda-se:

  • Boa hidratação;
  • Repouso;
  • Gargarejos com soluções adequadas (para ajudar a eliminar o muco espesso);
  • Medicamentos para alívio da dor e da febre, como analgésicos e antipiréticos, prescritos pelo médico.

     

Se a infeção for bacteriana e significativa, pode ser necessário um antibiótico. O tratamento deve sempre ser orientado por um médico.

A faringite em si nem sempre provoca tosse, mas a tosse pode estar presente, especialmente se houver envolvimento de outras zonas das vias respiratórias. A infeção pode estender-se da faringe para a laringe, traqueia ou brônquios, originando sintomas como tosse seca ou produtiva. Além disso, o muco espesso que se forma na garganta pode desencadear reflexos de tosse.

A faringite aguda é altamente contagiosa, podendo ser transmitida por gotículas de saliva (ao tossir ou falar), por contacto com utensílios partilhados ou mesmo por alimentos contaminados.

Se tiver sintomas sugestivos de faringite aguda, deverá procurar avaliação médica. Só assim poderá receber o tratamento mais adequado e evitar complicações.

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