A amigdalectomia é uma cirurgia realizada para remover as amígdalas palatinas, estruturas localizadas na parte posterior da garganta. Esta intervenção é indicada sobretudo para tratar amigdalites recorrentes, apneia obstrutiva do sono, aumento significativo das amígdalas que cause obstrução respiratória, ou casos persistentes de caseum (formação de detritos nas amígdalas). É realizada sob anestesia geral, por via oral, e tem uma recuperação que varia entre 7 a 14 dias nas crianças e até 3 semanas nos adultos.
É usual, nomeadamente na criança, que haja uma associação de duas cirurgias, a remoção das amígdalas e das adenoides (adenoamigdalectomia).
A amigdalectomia é uma das cirurgias mais comuns na otorrinolaringologia e consiste na remoção das amígdalas palatinas, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do paciente ao eliminar focos frequentes de infeção ou obstrução respiratória.
A amigdalectomia pode ser indicada em diferentes situações clínicas, dependendo da idade do paciente e da gravidade dos sintomas.
Abaixo explicamos em que casos esta cirurgia é mais frequentemente recomendada em adultos e crianças, destacando também as principais diferenças entre os dois grupos.
A decisão de realizar amigdalectomia em adultos baseia-se na frequência e impacto dos sintomas no quotidiano, sendo essencial uma avaliação clínica cuidadosa.
Principais indicações:
Em alguns casos de roncopatia, opta-se por uma amigdalectomia parcial, técnica menos invasiva que pode reduzir significativamente a dor no pós-operatório.
Características específicas:
Nas crianças, a amigdalectomia é frequentemente associada à remoção das adenóides (adenoidectomia). A indicação é muitas vezes preventiva ou ligada a complicações respiratórias.
Principais indicações:
Características específicas:
É comum, nomeadamente na criança, que haja uma associação de duas cirurgias: a remoção das amígdalas e a remoção das adenóides (adenoidectomia). Saiba mais sobre a cirurgia às adenóides e amígdalas infantil.
A cirurgia é realizada por via oral, sob anestesia geral. Alguns adultos, em certas circunstâncias, podem ser submetidos a cirurgia sob anestesia local.
As técnicas mais utilizadas incluem:
A técnica clássica continua a ser a técnica de eleição para a cirurgia de amigdalectomia, como demonstrado, há relativamente pouco tempo, no decurso da reunião da Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia da Cabeça e Pescoço, tendo em conta os múltiplos parâmetros envolvidos nesta cirurgia, nomeadamente tempo cirúrgico, dor e complicações hemorrágicas.
No entanto, a escolha da técnica depende da avaliação clínica e da experiência do cirurgião.
Na Clínica ORL continuamos a optar pela técnica clássica, pois é a que nos tem oferecido os melhores resultados cirúrgicos.
Antes da cirurgia:
A duração do internamento após a amigdalectomia depende da idade, do estado de saúde geral e da evolução nas primeiras horas após a cirurgia. O objetivo principal é garantir o controlo da dor, a hidratação adequada e a vigilância de eventuais complicações iniciais, como náuseas ou hemorragias.
As principais complicações e incómodos desta cirurgia são a hemorragia e a dor.
A hemorragia ocorre mais frequentemente cerca de 1 semana após a cirurgia, ainda que possa surgir no próprio dia da cirurgia.
A dor, que varia de doente para doente, é muito menos intensa na criança do que no adulto. Também a duração da dor na criança é mais curta que no adulto que, por vezes, tem dores consideráveis e prolongadas (podendo durar 2 a 3 semanas). Nas crianças, a dor tende a desaparecer após 7 dias.
Nas crianças, a dor controla-se facilmente com paracetamol, enquanto que o adulto necessita de medicação muito mais intensa sob a forma de opiáceos.
Para uma boa recuperação, recomenda-se:
Pode comer tudo o que quiser, à temperatura que quiser, desde que seja bem tolerado.
Embora seja considerada uma cirurgia segura, podem surgir algumas complicações, como:
A amigdalectomia é uma das cirurgias mais frequentemente realizadas em Otorrinolaringologia, e na Clínica ORL é conduzida por especialistas com vasta experiência neste tipo de intervenção.
A nossa equipa aposta numa abordagem conservadora e personalizada, com foco na segurança, eficácia cirúrgica e conforto do paciente. Todos os otorrinolaringologistas são certificados pela Ordem dos Médicos, e atuam de acordo com as melhores práticas clínicas nacionais e internacionais.
O preço da amigdalectomia é regulado pelas seguradoras. Caso queira saber o preço, deverá contactar a sua seguradora. Caso não tenha seguro, deverá contactar diretamente a Clínica ORL de forma a receber um orçamento após avaliação em consulta. Consulte a lista de convenções e acordos da Clínica ORL para saber se o seu plano está incluído. Se não tiver seguro, deverá agendar uma consulta para avaliação clínica e receber um orçamento personalizado.
Como a intervenção é feita por via oral, não há cicatrizes visíveis. As áreas intervenientes cicatrizam internamente de forma progressiva, sem impacto estético.
Pode-se comer tudo que seja tolerado, à temperatura que quiser. A ideia de que só se deve consumir gelados no pós-operatório não tem base científica. É, no entanto, vantajoso colocar os músculos da mastigação em funcionamento, pois isso garantidamente diminui a dor pós-operatória.
A dor no pós-operatório de uma amigdalectomia pode ser controlada com analgésicos. Crianças geralmente respondem bem a paracetamol ou ibuprofeno. Adultos podem precisar de medicamentos mais fortes.
Sim. Pode ocorrer alteração temporária (voz mais anasalada), que tende a normalizar em 1-2 semanas.
Não. Uma vez removidas por completo, não se regeneram.
Pode retomar a sua dieta normal logo no dia seguinte à cirurgia, desde que se sinta confortável para mastigar e engolir. Na verdade, essa estimulação muscular é benéfica, pois ajuda a reduzir a dor pós-operatória de forma significativa.
Se houver sangramento abundante, febre persistente ou dificuldade para respirar, deve procurar assistência médica imediata.
Se sofre de amigdalites frequentes, apneia do sono, ronco persistente ou outros sintomas relacionados com as amígdalas, não adie o diagnóstico. Agende uma consulta com um otorrinolaringologista da nossa equipa para uma avaliação personalizada.
Tópico | Resumo |
O que é | Cirurgia para remoção das amígdalas palatinas |
Indicações | Amigdalites de repetição, apneia, obstrução, caseum persistente |
Procedimento | Via oral, anestesia geral (ou local, em certos casos, nos adultos), técnica clássica |
Recuperação | 7-14 dias (crianças); até 3 semanas (adultos) |
Cuidados pós-operatórios | Analgésicos, hidratação, evitar esforço físico |
Riscos e complicações | Hemorragia, dor, efeitos da anestesia, infeções |
Este conteúdo é meramente informativo e não substitui uma avaliação médica personalizada. Consulte sempre um especialista credenciado.
Fontes
Na Clínica ORL
Morada: Avenida da Boavista, 117 – 6.º andar, Sala 606, 4050-115 Porto
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