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A roncopatia, ou ressonar, é um problema comum na população. É algo mais frequente nos homens com excesso de peso e em especial a partir dos 70 anos. E é algo que evidentemente afeta o bem estar de muitos casais.
O ressonar é causado por uma alteração da configuração das vias respiratórias durante o sono. Em primeiro lugar, pensamos que o ruído provocado pela roncopatia tem origem no colapso das vias respiratórias superiores ao nível da úvula. Em segundo lugar, este colapso dá lugar a vibração do palato, dos pilares amigdalinas e mesmo da base da língua. Devido a esta vibração é emitido um ruído semelhante ao som de uma bandeira exposta ao vento.
O “ronco” pode variar em volume ao longo da noite e também ao longo do tempo. O descanso de uma noite tranquila desaparece rapidamente com estas reduções ou paragens respiratórias. Consequentemente estas oscilações trazem cansaço matinal, sonolência ao longo do dia e mesmo adormecimento fácil (ao volante ou mesmo de pé!). Outros efeitos relatados referem dores de cabeça matinais e/ou necessidade noturna de urinar.
E há fatores que podem induzir ou agravar a roncopatia (associada ou não à apneia) listados como:
O exame físico otorrinolaringológico é fundamental para se observar qual a origem da obstrução mecânica responsável pela roncopatia. As alterações que podem estar na origem do “ronco” podem ser várias:
O doente deverá realizar um estudo Polissonográfico para medir a roncopatia e avaliar se de facto existe associação à apneia e estabelecer o seu grau de gravidade (ligeira, moderada ou grave).
Dependendo dos resultados deste exame, o médico irá decidir qual o tratamento mais adequado a seguir. Poderá passar por:
A opção por cirurgia, Auto-CPAP e dispositivos intra-orais são outros tratamentos disponíveis a serem considerados para o paciente.
Por último, um fator de agravamento poderá ser o peso do paciente. O índice de massa corporal é sempre considerado no doente com queixa de roncopatia.
O doente que ressona tem uma doença importante que lhe altera significativamente a qualidade de vida e o coloca em risco. Isto porque existe deficiência de oxigenação em todas as células do corpo. Mais concretamente, os neurónios e as células do músculo cardíaco sofrem com a falta de oxigenação.
Ao tratarmos o ressonar beneficiamos diretamente o individuo e também quem dorme ao seu lado, que sofre (por vezes de forma violenta) dos efeitos da obstrução respiratória do parceiro.
Por isso, se ressona, não perca tempo e seja avaliado!
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